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Petista cogita desalojar o PMDB de Minas e Energia
LEILA COIMBRA
DE BRASÍLIA
A presidente eleita Dilma
Rousseff quer aumentar o
seu poder no setor elétrico
-que ela julga ser estreitamente ligado à sua imagem.
Segundo a Folha apurou,
a petista estaria até disposta
a desalojar o PMDB da pasta,
colocando o petista Maurício
Tolmasquim, seu braço direito no setor elétrico e presidente da EPE (Empresa de
Pesquisa Energética), como o
ministro de Minas e Energia.
Também cotada para a Casa Civil, Maria das Graças
Foster é outra opção de Dilma para o ministério.
O PMDB, que dá como certa a nomeação de Edison Lobão (PMDB-MA) para a pasta, teria de se contentar com
cargos de segundo e terceiro
escalão nas estatais do setor
(Eletrobras, Furnas, Eletronorte e Chesf), hoje com o PT.
Em contrapartida, cinco
diretorias importantes das
estatais poderiam passar para a cota do PMDB, com exceção da de Engenharia da Eletrobras, que seria mantida
com o petista Valter Cardeal.
A Folha apurou que a presidente eleita tem ciência das
dificuldades de emplacar um
petista em um ministério tradicionalmente comandado
pelo PMDB, e do desgaste político que isso pode provocar.
Mas ela confidenciou a assessores que gostaria de pessoas de sua mais absoluta
confiança para ter mais controle sobre temas polêmicos
que terão que ser definidos
no início do mandato.
São decisões que envolvem interesses de quase todas as empresas do setor elétrico e que implicarão reflexos nas tarifas de energia.
Dentre eles o encerramento, em 2012, dos contratos entre 18 geradoras e 35 distribuidoras elétricas, que
atuam em praticamente todo
o território nacional.
Esses contratos foram feitos em leilão em 2005, a preços muito baixos-na faixa
de R$ 57 o megawatt-hora
(MWh). O valor é menor que
os fixados para o próximo leilão de hidrelétricas, marcado
para 17 de dezembro, com o
MWh entre R$ 87 e R$ 131.
O resultado do leilão terá
impacto relevante sobre as
tarifas de energia do país.
O fim das concessões de
empresas como Eletrobras,
Cesp e Cemig -que vencem
em 2015- e reajustes tarifários em 2011 também são temas sobre os quais Dilma
que ter mais controle.
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