São Paulo, sábado, 13 de novembro de 2010

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PMDB se une para manter Sarney no comando do Senado

Dona da maior bancada, sigla se adianta para evitar debate em torno de Aécio ou de petista

GABRIELA GUERREIRO
ANDREZA MATAIS

DE BRASÍLIA

O PMDB fechou acordo para lançar o nome de José Sarney (PMDB-AP) à reeleição na presidência do Senado.
Maior bancada da Casa, o partido antecipou a discussão para evitar que o PT ou o ex-governador Aécio Neves (PSDB-MG) se viabilizem para disputar a vaga.
Desde 2001, com Jader Barbalho, o Senado tem em seu comando um congressista do PMDB. O acordo para manter o peemedebista no cargo inclui deixar Renan Calheiros (PMDB-AL) na liderança do partido.
Renan avalia que, como líder, consegue ter melhor interlocução com o governo de Dilma Rousseff (PT) do que como presidente do Senado, que tem papel institucional.
Pesou também o fato de o cargo ser "vidraça", o que poderia reacender as denúncias que o levaram a renunciar ao comando da Casa, em 2007.
Senadores peemedebistas avaliam que Sarney já foi suficientemente sangrado durante a crise do Senado em 2009 e, por isso, sua reeleição não deve causar desgastes para Dilma.
Oficialmente, Sarney promete manter o discurso de que não será candidato por estar com a saúde frágil, mas negocia em silêncio a permanência no cargo.
Ele foi protagonista dos escândalos dos atos secretos no Senado, que resultaram em dez processos internos por quebra de decoro. Todos foram arquivados.
Nesse cenário, o senador Valdir Raupp (RO), que reivindica a liderança do PMDB, ficaria com a presidência do partido. A hipótese de Michel Temer (SP) renunciar ao cargo foi descartada.
O senador considera "interessante" a recondução de Sarney. "Até mesmo o Aécio concordaria."
Cotado para entrar na disputa pela presidência, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) também já obteve sinais de que permanece na liderança do governo no Senado.
Com a união do PMDB para não ceder a presidência, o PT adotou como "plano B" ocupar a primeira-secretaria do Senado, hoje do DEM.


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