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PMDB se une para manter Sarney no comando do Senado
Dona da maior bancada, sigla se adianta para
evitar debate em torno de Aécio ou de petista
GABRIELA GUERREIRO
ANDREZA MATAIS
DE BRASÍLIA
O PMDB fechou acordo para lançar o nome de José Sarney (PMDB-AP) à reeleição
na presidência do Senado.
Maior bancada da Casa, o
partido antecipou a discussão para evitar que o PT ou o
ex-governador Aécio Neves
(PSDB-MG) se viabilizem para disputar a vaga.
Desde 2001, com Jader
Barbalho, o Senado tem em
seu comando um congressista do PMDB. O acordo para
manter o peemedebista no
cargo inclui deixar Renan Calheiros (PMDB-AL) na liderança do partido.
Renan avalia que, como líder, consegue ter melhor interlocução com o governo de
Dilma Rousseff (PT) do que
como presidente do Senado,
que tem papel institucional.
Pesou também o fato de o
cargo ser "vidraça", o que poderia reacender as denúncias
que o levaram a renunciar ao
comando da Casa, em 2007.
Senadores peemedebistas
avaliam que Sarney já foi suficientemente sangrado durante a crise do Senado em
2009 e, por isso, sua reeleição não deve causar desgastes para Dilma.
Oficialmente, Sarney promete manter o discurso de
que não será candidato por
estar com a saúde frágil, mas
negocia em silêncio a permanência no cargo.
Ele foi protagonista dos escândalos dos atos secretos
no Senado, que resultaram
em dez processos internos
por quebra de decoro. Todos
foram arquivados.
Nesse cenário, o senador
Valdir Raupp (RO), que reivindica a liderança do
PMDB, ficaria com a presidência do partido. A hipótese
de Michel Temer (SP) renunciar ao cargo foi descartada.
O senador considera "interessante" a recondução de
Sarney. "Até mesmo o Aécio
concordaria."
Cotado para entrar na disputa pela presidência, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) também já obteve sinais
de que permanece na liderança do governo no Senado.
Com a união do PMDB para não ceder a presidência, o
PT adotou como "plano B"
ocupar a primeira-secretaria
do Senado, hoje do DEM.
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