São Paulo, sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

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Base aliada prevê derrotas de presidente no Congresso

DE BRASÍLIA

Os próprios líderes da base aliada ao governo já apontam duas derrotas com impacto fiscal para a presidente Dilma Rousseff na Câmara: o embate em torno do salário mínimo e a votação do reajuste do Judiciário.
Outro problema que o novo governo irá enfrentar, com chances de revés, é a PEC 300, que cria piso salarial para policiais civis, militares e bombeiros.
Se aprovadas, o impacto dessas despesas pode chegar a R$ 63,7 bi nos orçamentos da União e de Estados.
O principal embate será em torno do mínimo. Enquanto o governo afirma não aceitar valor superior a R$ 545, nenhum partido da base, inclusive o PT, acredita na vitória desse patamar.
"Eu acho que fecha em R$ 550", disse o deputado Paulo Teixeira (SP), futuro líder da bancada. PDT e PC do B não abrem mão dos R$ 580. PMDB, PTB e PR concordam com um valor intermediário, entre R$ 550 e R$ 560.
O humor dos partidos aliados com a montagem do segundo escalão ditará a quantidade de vitórias e derrotas do governo no Congresso.
Vinte e dois partidos têm representação na Câmara, sendo 18 legendas da base aliada que somam 402 deputados dos 513.
Outra dor de cabeça à vista para a base aliada, e com possibilidade real de derrota para o Planalto, é o reajuste do Judiciário. Há dois projetos de lei tramitando sem o respaldo do governo e da área econômica.
Somente o aumento dos vencimentos dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), fixado em 14,79%, irá gerar custo de R$ 446 milhões/ano ao Judiciário, mas só há previsão orçamentária de R$ 156,7 milhões.
No segundo projeto, este de aumento dos servidores do Judiciário, o impacto estimado chegará a R$ 6,7 bilhões/ano. (SIMONE IGLESIAS, NATUZA NERY e MARIA CLARA CABRAL)


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