São Paulo, sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

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Tarso acusa Yeda de ter "zerado" caixa no RS

Governo afirma ter herdado contas de R$ 1 bi; PT quer posar de "salvador", diz PSDB

GRACILIANO ROCHA
DE PORTO ALEGRE

O governo de Tarso Genro (PT) acusou sua antecessora, Yeda Crusius (PSDB), de ter "zerado" o caixa do Rio Grande do Sul e legado ao sucessor contas de R$ 1 bilhão a serem quitadas em curto prazo sem que exista lastro financeiro para esses pagamentos.
O balanço das finanças gaúchas foi apresentado ontem pelo secretário da Fazenda, Odir Tonollier, e questiona a principal bandeira política da gestão tucana: equilíbrio das contas públicas e fim do deficit orçamentário.
"No dia 3 de janeiro, o nosso saldo era zero. As contas bancárias do Estado somavam zero. É o que nós recebemos. Não temos nada de recursos no caixa para começar", disse ele.
Indagado sobre o número redondo, Tonollier enfatizou: "Zero de saldo de caixa. Não é força de expressão".
Segundo ele, o R$ 1 bilhão herdado da gestão anterior é para ser pago a fornecedores.
O secretário disse que as contas atingem investimentos, obras já finalizadas, custeio de presídios e até o pagamento de fornecedores de combustível para a polícia, que estão sem receber, segundo ele, desde outubro.
Outro ponto de desavença é o caixa único do Estado -a conta-mãe que recebe grande parte dos recursos públicos e que pode incluir quantias disputadas na Justiça.
O atual governo diz que ela está no vermelho em mais de R$ 4 bilhões, enquanto o anterior afirmava ter fechado 2010 com R$ 3,6 bilhões em caixa. Tonollier disse que seu cálculo não inclui o valor dos depósitos judiciais.

OUTRO LADO
Os tucanos reagiram com indignação às declarações do governo petista.
O presidente do PSDB-RS, deputado federal Cláudio Diaz, defendeu a gestão de Yeda e disse que o PT cria uma "cortina de fumaça para desqualificar" e então surgir como salvadores da pátria.
O dirigente tucano criticou a iniciativa do governo petista de aumentar o número de cargos de confiança (não concursados) e reajustar seus salários -propostas anunciadas logo nos primeiros dias do novo governo.
"Além de mentirosos, são incoerentes", rebateu Diaz.


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