São Paulo, quinta-feira, 14 de abril de 2011
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Toda Mídia NELSON DE SÁ - nelsonsa@uol.com.br O novo poder O "New York Times" não dá uma linha sobre a cúpula Brics, mas o Drudge Report abriu manchete ao longo do dia, em maiúsculas, para a "Ascensão do novo poder mundial (sem os EUA)". Linkou longo despacho da Associated Press, intitulado "Emergentes têm momento divisor de águas em cúpula". Ouve Eswar Prasad, da Universidade Cornell, para quem a prioridade dos Brics agora é lançar "ideias na mesa em vez de só reagir às propostas das economias avançadas". A agência avalia que o grupo pode "emergir como nova força nas questões mundiais". E a "Foreign Policy" postou "Uma breve história" dos Brics. Abre com a eleição de Fernando Collor e seu "impulso à privatização", salta FHC e destaca Lula diversas vezes -ele que "iniciou um período de prosperidade econômica sem precedentes". Na China O jornais estatais chineses abriram cobertura extensiva da cúpula Brics, com sites especiais. Também o canal de notícias CNTV, com entrevistas com "delegados" dos cinco países e foco em negócios -ouvindo, entre outros, o presidente da Associação Internacional de Comércio da China e o presidente da Câmara de Comércio Brasil-China, Charles Tang, sobre Brics. Na Rússia A mídia russa está concentrada no eventual confronto eleitoral entre o presidente Dmitri Medvedev e o primeiro-ministro Vladimir Putin, ambos se dizendo candidatos. Mas o canal de notícias Russia Today destaca a "voz mais forte" dos Brics, que "lutam batalhas que podem ser vencidas no mercado global" enquanto "velhas potências gastam dinheiro na Líbia". //DOHA MORREU Na Reuters, o representante comercial dos EUA, Ron Kirk, cobrou que China, Índia e Brasil "abram seus mercados a mais produtos e serviços estrangeiros", dizendo que a Rodada Doha "depende" deles. A agência indiana PTI despachou que "Doha está à beira do colapso", pois os EUA querem que os três "cortem tarifas de produtos químicos, industriais, elétricos e eletrônicos para zero", o que "rejeitam terminantemente". Um "enviado sul-americano" diz que "é hora de reconhecer: a Rodada Doha morreu". Também via PTI, os cinco Brics, ontem na cúpula chinesa, "concordaram em coordenar suas posições nos fóruns multilaterais, inclusive o G20, para defender os interesses dos países em desenvolvimento".
//"AMÉRICA QUEBRADA" Na manchete on-line do "NYT", "Obama urge cortes e impostos sobre ricos" para reduzir o deficit. No "Wall Street Journal", a manchete foi seguida, logo abaixo, pela imediata recusa de "barganha" pelo republicano Paul Ryan, que lançou plano com mais cortes. No "FT", o colunista Martin Wolf, com a ilustração acima, escreve em tom de alerta sobre "A direita radical e o Estado americano". Critica a "ascensão do libertarianismo" representado por Ryan e seu plano, que avalia ser impraticável. Diz que até a "função de defesa entraria em colapso". Já a "Economist", que havia elogiado o plano "simples" do republicano, criticou a "eficácia obscura" da proposta de Obama. Na home, fala em "América quebrada" -e diz que a crítica do FMI aos EUA buscou "acabar com a complacência" dos que pensam ser "inconcebível que o país sofra destino similar ao de Portugal e Grécia". //FOXCONN EM DÚVIDA Em blogs, tanto "WSJ" como "FT" questionaram ontem a firmeza da Foxconn no propósito de investir US$ 12 bilhões para se estabelecer no Brasil. Sob o título "Quanto a Foxconn gosta do Brasil?", o primeiro diz que o valor "é alto demais". E cita entrevista de seis meses atrás, em que o presidente da empresa, Terry Gou, reclamou dos "salários altos" e que os operários brasileiros, "assim que ouvem "futebol", param de trabalhar". No post "Foxconn realmente comprometida com o Brasil?", o segundo diz que Gou, mais até do que "levar uma fábrica à perfeição, é ainda melhor em extrair incentivos de governo". Leia mais, pela manhã, em www.todamidia.folha.blog.uol.com.br Texto Anterior: Foco: Exposição fotográfica mostra rotina na região nos anos 70 Próximo Texto: Aprovada MP que cria estatal do trem-bala Índice | Comunicar Erros |
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