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PRESIDENTE 40 ELEIÇÕES 2010
Dilma diz que fará Brasil de Lula com "alma de mulher"
Na convenção do PT, presidente reforça ideia de que votar na petista é votar nele
Lula diz que, apesar de não disputar a eleição, continuará na cédula: "Eu mudei de nome e vou colocar Dilma"
Evaristo Sá/France Presse
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A sombra de Lula é projetada sobre imagem de Dilma, durante discurso do presidente
DE BRASÍLIA
DA ENVIADA A BRASÍLIA
Dilma Rousseff, 62, foi
confirmada ontem candidata
do PT à Presidência em um
evento cujos motes foram a
exaltação à figura da mulher
e a tentativa de colar a imagem da petista à do presidente Lula, que tem aprovação
de 76% da população.
Na convenção do partido,
em Brasília, Dilma disse em
discurso que fará um governo como o de Lula, mas "com
alma e coração de mulher".
O tema da convenção (mulheres), idealizado pelo marqueteiro João Santana, teve o
objetivo de melhorar o desempenho da petista no eleitorado feminino.
De acordo com a última
pesquisa Datafolha, Dilma e
José Serra (PSDB) estão empatados com 37% das intenções de voto, mas o tucano
vence entre as mulheres
(38% a 33%).
Foram exibidos vídeos de
brasileiras ilustres, como a
princesa Isabel e a compositora Chiquinha Gonzaga. Maria da Penha, que inspirou lei
contra a violência doméstica,
estava na plateia.
Um espaço em frente ao
palco foi reservado ao público feminino, que recebeu
bandeiras de cor lilás.
A convenção serviu para
mostrar que Lula será mais
do que um cabo eleitoral de
Dilma -ele irá reforçar a
ideia de que votar em sua ex-ministra é votar nele.
Em tom de brincadeira,
Lula disse que irá trocar de
nome para continuar a receber votos. "Meu nome não
vai estar na cédula. Vai haver
um vazio naquela cédula. E
para que esse vazio seja
preenchido, eu mudei de nome e vou colocar Dilma."
O tom também está explícito no novo jingle da candidata, tocado exaustivamente: "Lula tá com ela, eu também tô", diz o refrão.
Em 51 minutos de discurso, sem improviso, Dilma
prometeu um debate de "alto
nível", com confronto de
"projetos e programas". "Sei
como estimular o debate sério e não o envenenamento."
Segundo ela, os governos
anteriores trataram os mais
pobres apenas como "peso,
resto, carga, estorvo". "O tabu que derrubamos foi o de
que era impossível governar
para todos os brasileiros",
disse, referindo-se aos governos FHC (1995-2002).
Dilma disse que pretende
fazer um governo de "continuidade da mudança". E listou prioridades para um
eventual governo. Defendeu
investimentos em saúde,
educação e infraestrutura.
Houve quem reclamasse
do discurso longo da candidata. Gilberto Carvalho, chefe de gabinete de Lula, a defendeu. "Foi longo, mas tem
conteúdo."
(RANIER BRAGON, VALDO CRUZ, FABIO AMATO E ANA FLOR)
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