São Paulo, terça-feira, 14 de junho de 2011

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Ideli lamenta "cobertor curto" do governo

Em sua posse na articulação, ministra diz que Orçamento é "apertado", mas que se esforçará para atender pedidos

Nova chefe das Relações Institucionais fala em relação pacífica com oposição; aliados na Câmara faltam a evento

DE BRASÍLIA

Em seu discurso de posse como nova articuladora política do Planalto, a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) fez questão de ressaltar as restrições orçamentárias do governo.
Ideli, que deixou o Ministério da Pesca -o menor orçamento da Esplanada dos Ministérios (R$ 553,3 milhões)- afirmou que "o cobertor é curto".
A ministra disse que é preciso fazer um esforço para que "todos sejam atendidos", mesmo tendo que "dizer não" em determinados momentos.
Ideli será responsável por negociar, além de cargos, a liberação das emendas que atendem parlamentares e prefeitos. "Os orçamentos são apertados e é necessário fazer muito com muito pouco", reforçou ela.
Conhecida pelo estilo duro, a ministra prometeu diálogo. "Serei firme nos princípios e afável na abordagem."
Ao relatar sua trajetória, a petista afirmou que traz "cicatrizes" dos oitos anos em que passou no Senado, a maior parte como líder do PT e do governo no Congresso. "Ganhei mais batalhas conciliando do que divergindo".
Ideli pregou uma relação harmoniosa com a oposição e citou três governadores de fora da base -o de seu Estado, Santa Catarina, Raimundo Colombo (DEM), o de Minas, Antonio Anastasia (PSDB), e o de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).
Aliados na Câmara faltaram à cerimônia. Oficialmente, a alegação é que é difícil comparecer em eventos nas segundas-feiras. No total, menos de dez deputados prestigiaram a posse.
O fato foi encarado como um sinal dos problemas que estão por vir, já que lideranças brigavam para que um deputado assumisse a articulação política do governo.
No evento em que Ideli e Luiz Sérgio (ex-Relações Institucionais, agora na Pesca) tomaram posse, a presidente Dilma disse que "não existe dicotomia entre governo técnico e político".
Alvo de fogo amigo de petistas, Luiz Sérgio disse que "fez o possível" nos cinco meses que ficou na articulação política.
(MÁRCIO FALCÃO, ANA FLOR E MARIA CLARA CABRAL)


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