São Paulo, terça-feira, 14 de junho de 2011

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PSDB monta núcleo de marketing para sanar comunicação "errática"

Partido quer unificar sua imagem e criar uma marca nacional

DANIELA LIMA
DE SÃO PAULO

Depois de amargar três derrotas consecutivas em eleições presidenciais, a cúpula do PSDB decidiu criar um núcleo de marketing dentro do partido.
A avaliação de dirigentes da sigla é que a comunicação foi feita de maneira "errática" nos últimos anos
A iniciativa de institucionalizar a estratégia de propaganda vai aumentar a ingerência do comando do PSDB nas campanhas.
Na última eleição presidencial, Luiz Gonzalez, marqueteiro do então candidato José Serra, foi criticado por caciques da sigla por não permitir que o núcleo político interferisse em sua estratégia de comunicação.
As diretrizes de trabalho e o formato da nova estrutura serão traçados com base em estudo encomendado à MCI, empresa de marketing estratégico comanda pelo cientista político Antonio Lavareda, um antigo colaborador do comando da legenda.
A MCI deverá identificar mensagens associadas ao PSDB e os programas que são vinculados pelo eleitorado às gestões tucanas.
Com o estudo de Lavareda em mãos -a expectativa é que a avaliação esteja pronta em 60 dias-, o PSDB iniciará a montagem da nova equipe de propaganda.
A intenção é, inicialmente, fazer com que esse núcleo de marketing promova um intercâmbio entre programas bem avaliados nos Estados governados pelo PSDB.
Com isso, os tucanos pretendem unificar ações nos oito Estados que chefiam. O comando do partido acredita que essa seria uma das maneiras de uniformizar uma imagem para o eleitorado.
Pesquisas de intenção de voto não estão previstas no estudo da MCI.
"Esse núcleo [de marketing] vai interagir com os governadores e com o comando do partido. Nós erramos na comunicação", admite o presidente da legenda, deputado Sérgio Guerra (PE).
A necessidade de definir uma estratégia de comunicação foi apontada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso no artigo "O papel da oposição", que ficou famoso pelo trecho em que prega que os tucanos se voltem para as classes médias.
No texto, o ex-presidente diz que a oposição errou ao permitir que o PT se apropriasse de conquistas da gestão tucana por não defender seu legado.
Ele aponta a necessidade de unificar uma mensagem e diz que é preciso aprender a "vender o peixe".


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