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PRESIDENTE 40 ELEIÇÕES 2010
Sem explicar como, candidatas falam em investir em educação
Dilma e Marina defendem que gastos na área subam a 7% do PIB, mas não detalham de onde viriam recursos
Candidata do PV repetiu fórmula de contabilizar recursos economizados com um esforço de combate à corrupção
DANIELA LIMA
DA REPORTAGEM LOCAL
Dilma Rousseff, candidata
pelo PT à Presidência da República, e Marina Silva, que
disputa o cargo pelo PV, defenderam ontem o aumento
no índice de investimento
público na educação, passando de 5,1% (índice atingido em 2007, o mais recente)
para 7% do PIB (Produto Interno Bruto).
Ambas, porém, não detalharam como atingirão este
patamar.
Dilma citou o índice em
entrevista a uma rádio de Juiz
de Fora (MG), que irá ao ar na
próxima segunda-feira. A petista antecipou a declaração
em sua página no Twitter.
"Em entrevista hoje de manhã disse que sou a favor da
destinação de 7% do PIB para educação no ano que
vem", escreveu.
Procurada, a assessoria de
imprensa de Dilma afirmou
que não se tratava de uma
"promessa, mas de uma vontade, uma defesa", do aumento do índice.
Marina Silva defendeu o
mesmo patamar de investimento em visita à fábrica da
Embraer, anteontem, em São
José dos Campos (SP).
Ao contrário de Dilma, que
defendeu o aumento para o
próximo ano, Marina falou
em 7% como meta a ser atingida até o fim do próximo governo, em 2014.
Ontem, no Rio, a candidata do PV sugeriu investimento maior, de 8%. Explicou da
seguinte forma de onde retiraria estes recursos: "A gente
gasta 3% do PIB só com a corrupção. Isso já elevaria o gasto com educação para 8%,
porque hoje a gente está investindo 5%", disse.
O investimento "atual" citado pelas duas candidatas
na verdade corresponde ao
índice apurado em 2007, de
5,1%, divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais.
Nessa conta são tratados
como investimento o pagamento de aposentadorias,
bolsas de estudos, despesas
com juros e encargos da dívida educacional.
Quando se fala do investimento direto em educação,
que exclui aposentadorias e
as demais modalidades citadas, o índice cai de 5,1% para
4,5%. Em 2008, na modalidade mais enxuta de cálculo,
foram investidos 4,7% do
PIB, ou algo em torno de R$
140 bilhões.
Colaborou BERNARDO MELLO FRANCO, enviado especial ao Rio
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