A candidata está com o pé imobilizado por causa de uma queda na manhã de ontem

ANA FLOR
DE SÃO PAULO

Com o pé direito imobilizado após uma queda, a candidata à Presidência Dilma Rousseff (PT) se reuniu na manhã de ontem com representantes da comunidade judaica no país, na sede da Confederação Israelita do Brasil (Conib). O principal assunto foi sua visão dos rumos da política externa brasileira.
Dilma foi questionada em especial sobre o futuro das relações com o Irã, caso venha a ser eleita. A principal preocupação dos membros da Conib é o Brasil manter relações de amizade com um país cujas lideranças negam o Holocausto e pregam a destruição do Estado de Israel.
Dilma defendeu uma "relação em busca da paz" entre Brasil e Irã. "Não é uma relação em que você autoriza ou aceita negações, por exemplo, contra o Holocausto", disse ela, que classificou como "barbárie" tanto o holocausto quanto penas usadas no Irã, como o apedrejamento de mulheres. Ela citou o caso de Sakineh Ashtiani, iraniana que havia sido condenada a morrer apedrejada.
"No caso do Irã, o que nós defendemos é que a melhor estratégia não é a guerra, não é o isolamento", afirmou.
Dilma sofreu uma queda quando se exercitava na esteira na manhã de ontem, no hotel. Ela torceu o pé ao deixar o aparelho e teve "três ligamentos [do pé direito] moderadamente afetados", conforme explicou à imprensa.
Ela foi atendida ainda pela manhã pelo médico Roberto Kalil, que sugeriu a imobilização do pé por pelo menos uma semana. Mesmo assim, Dilma manteve a participação no comício em Joinville, na noite de ontem.
Dilma não quis falar sobre as denúncias de tráfico de influência na Casa Civil, envolvendo sua ex-adjunta Erenice Guerra. "Eu disse no debate [Folha/RedeTV!] tudo o que eu queria dizer sobre esta questão. Não tem nadinha de nada a acrescentar."


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