São Paulo, quinta-feira, 14 de outubro de 2010

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PSDB busca novos doadores para reduzir rombo de R$ 20 mi

Campanha de Serra precisa de ao menos R$ 50 milhões para fechar a conta, avaliam coordenadores tucanos

Sigla procura empresas sediadas em Estados onde o PSDB elegeu governadores, como São Paulo e Paraná

SILVIO NAVARRO
CÁTIA SEABRA

DE SÃO PAULO

A campanha de José Serra (PSDB) à Presidência fechou o primeiro turno com deficit de R$ 20 milhões, mas o desempenho do tucano e de seus aliados eleitos no primeiro turno melhoraram a previsão de arrecadação na reta final da eleição.
Segundo integrantes da campanha responsáveis pela captação de recursos com empresários e bancos, a previsão é que o deficit será equilibrado até o dia 20, quando vencem as primeiras parcelas de pagamentos com fornecedores.
Atingida a meta de sair do vermelho, o objetivo dos tucanos é obter mais R$ 50 milhões, o que, calculam, permitiria terminar a campanha com as contas zeradas.
Por enquanto, segundo a Folha apurou, o maior volume amealhado foi desembolsado por empreiteiras.
A coordenação da campanha reforçou diálogo com potenciais doadores, concentrando conversas em locais onde aliados ganharam no primeiro turno e, portanto, já se sabe que comandarão a máquina em 2011.
Os principais focos são os Estados de São Paulo e do Paraná. Há expectativa do apoio de Geraldo Alckmin (PSDB), sucessor de Serra no Palácio dos Bandeirantes, e de Beto Richa (PSDB-PR).
A intenção dos tucanos é ampliar o grupo de financiadores em Minas Gerais, se cumprida a promessa de engajamento do trio Aécio Neves, Antonio Anastasia e Itamar Franco (PPS).
Segundo um dirigente do PSDB, doadores que apostavam na vitória de Dilma Rousseff (PT) no primeiro turno poderiam contribuir com a campanha tucana para "equilibrar" o repasse.
Tucanos esperam pela ajuda do DEM, principalmente de Raimundo Colombo (SC), afilhado político ex-senador Jorge Bornhausen.
No Rio, o diálogo passa por Ronaldo Cezar Coelho. "Nenhum dos doadores do primeiro turno se recusou a contribuir no segundo. E muita gente que não doou agora nos procurou", disse.
Também foram escalados Márcio Fortes e o senador Flexa Ribeiro (PSDB), ex-presidente da Federação das Indústrias do Pará.
Em 6 de setembro, data em que os candidatos apresentaram a segunda prestação de contas à Justiça Eleitoral, Serra informou ter recolhido R$ 29,7 milhões. Dilma Rousseff (PT) disse ter arrecadado R$ 51,1 milhões.
O limite de gastos da campanha de Serra informado ao TSE foi de R$ 180 milhões.


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