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OUTRO LADO
Estatal nega favorecimento e diz que diretora não atuou em contratações
DE BRASÍLIA
A Petrobras nega ter beneficiado a empresa do marido
da diretora de Gás e Energia,
Maria das Graças Foster. Informou, por meio da assessoria, que a engenheira não assinou nenhum processo de
compra nem participou da
contratação da C.Foster.
Procurada desde terça-feira, a C.Foster não retornou às
ligações da Folha nem respondeu o e-mail enviado pela reportagem.
Segundo a Petrobras, autoridades estão proibidas de
contratar sem licitação empresas de parentes na área
sob suas responsabilidades.
Como os contratos com a
C.Foster "não foram realizados por qualquer área subordinada à diretora de Gás e
Energia", não há impedimento para a empresa do
marido de Graça Foster ser
fornecedora, diz a estatal.
A companhia destacou
ainda que 21 contratos foram
firmados sem licitação em razão do valor, abaixo de R$ 10
mil, como previsto na lei.
Para justificar a concentração de contratos a partir de
2007, informou que a estatal
"tem processos de pequenas
compras realizadas diretamente e descentralizadas pelas unidades da companhia".
Destacou ainda que, além
da C.Foster, tem "inúmeros
fornecedores de componentes eletrônicos, cujo volume
anual de compras é de cerca
de R$ 10 milhões".
A Petrobras também afirmou que houve investigação
contra Graça Foster, mas o
caso foi encerrado em abril
de 2000. Apesar de ter concluído que não houve favorecimento da empresa do marido dela, a estatal disse que
encaminhou a apuração ao
Ministério Público que concluiu pelo arquivamento.
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