São Paulo, terça-feira, 14 de dezembro de 2010

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Alckmin troca equipe econômica de Serra

Com Andrea Calabi na Fazenda e Emanuel Fernandes no Planejamento, governador eleito aposta em time próprio

Escolha de Calabi tira do governo principal nome serrista, Mauro Ricardo; resta indefinição sobre Educação e Segurança

Mateus Bruxel/Folhapress
Alckmin com Elival Ramos (esq.), Calabi e Fernandes (dir.)

DANIELA LIMA
CATIA SEABRA
DE SÃO PAULO

O governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciou ontem a troca de Mauro Ricardo por Andrea Calabi na Secretaria de Fazenda.
Com a decisão, o governador eleito sinaliza que -diferentemente do que ocorre na montagem do governo de Dilma Rousseff- quer ter uma equipe que não seja marcada pela continuidade da gestão de José Serra.
A ida de Calabi para a principal pasta paulista foi antecipada ontem pelo Painel.
Alckmin também confirmou ontem dois nomes noticiados pela Folha no sábado: o deputado federal Emanuel Fernandes (PSDB-SP) na Secretaria de Planejamento e a recondução de Elival da Silva Ramos para a Procuradoria-Geral do Estado.
A escolha de Calabi foi selada na noite de domingo, no escritório do governador eleito. Ele havia sido sondado na semana passada, mas tinha recusado. "Foi um namoro longo", descreveu Alckmin.
Apesar de sua escolha ter frustrado o pedido de Serra pela permanência de Mauro Ricardo, Calabi também é ligado ao ex-governador: foi seu adjunto no Ministério do Planejamento, em 1995.
Na véspera da decisão, inclusive, Calabi consultou Serra. Em mais uma deferência ao ex-governador, Calabi disse que seu desafio será "manter o ritmo de investimentos que Serra imprimiu".
Com o anúncio, chega a dez o número de secretários escolhidos por Alckmin. Cinco deles já haviam trabalhado com o tucano antes, inclusive os três nomeados ontem.
O governador eleito tentará definir até o fim da semana duas pastas estratégicas: Educação e Segurança.
Alckmin sondou Laura Laganá, coordenadora das Etecs e Fatecs no Centro Paula Souza, para a Educação, mas ela não aceitou.
Com isso, a permanência de Paulo Renato na chefia da pasta não está descartada.
O governador definiu que Laganá permanecerá como superintendente do centro, mas acumulará a gestão do programa Via Rápida para o Emprego -uma das suas promessas de campanha.
Antonio Ferreira Pinto, secretário de Segurança, deve permanecer no cargo, assim como Lourival Gomes (Administração Penitenciária).


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