São Paulo, sábado, 15 de janeiro de 2011

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Funcionalismo não terá reajuste linear, diz secretário de SP

Chefe da Casa Civil de Alckmin descarta dissídio coletivo e diz que aumento será dado de acordo com categorias

De acordo com Sidney Beraldo, o governo mantém aberta a pasta da Agricultura para negociação com o PMDB


CATIA SEABRA
DANIELA LIMA

DE SÃO PAULO

O governo Alckmin repetirá a política salarial do antecessor, José Serra, e não concederá reajuste generalizado ao servidor do Estado.
O chefe da Casa Civil, Sidney Beraldo, descartou ontem um aumento linear para o funcionalismo. Segundo ele, reajustes serão concedidos segundo as categorias.
Os servidores do Estado têm a data-base em 1º de março. O projeto, fixando data para revisão da remuneração do funcionalismo, foi apresentado em 2005 pelo próprio Geraldo Alckmin.
Mas só foi sancionado por Claudio Lembo -vice de Alckmin que assumiu o governo quando o tucano se afastou para concorrer à Presidência- em 2006. Desde então, os servidores nunca tiveram reajuste linear.
"Não temos dissídio coletivo. Nossa estratégia é ir atendendo de acordo com cada categoria", afirmou Beraldo.
A hipótese de não conceder aumento está no primeiro parágrafo da lei, segundo a qual a criação de uma data "não implica, necessariamente, reajuste".
Esse deverá ser mais um nó da turbulenta relação do governo do PSDB com o servidor. Segundo Beraldo, Alckmin pediu uma melhor comunicação com o servidor.
"Talvez tenhamos, e isso que o Geraldo pediu que fizéssemos, de aperfeiçoar a relação. Como podemos ter uma comunicação melhor com nosso servidor?"
Para Beraldo, parte dessa dificuldade vem da proliferação e politização das entidades que representam o servidor. "Você tem alguns sindicatos politizados. Tem toda uma lógica política", disse.
Secretário de Gestão do governo Serra, Beraldo diz que houve avanços para os servidores na administração passada. Segundo ele, a folha de pagamento teve crescimento de 10% acima da inflação.
Beraldo reconhece, porém, que Serra resistia à pressão de corporações, por ter "forte um entendimento de que nem sempre atendendo uma corporação você contribui para o desenvolvimento econômico-social".
Beraldo disse que a intenção do governo é criar canais de comunicação com servidor para além de sindicatos.

PMDB
Responsável pela interlocução com os partidos, Beraldo afirmou ainda que o governo Alckmin mantém aberta a Secretaria de Agricultura para o PMDB.
Segundo ele, o secretário João Sampaio foi informado de que poderá deixar o cargo caso vingue a negociação com o PMDB.
"João Sampaio sabe disso. Ele continua secretário, mas sabe disso", disse Beraldo.
Sobre a iminente filiação do prefeito de SP, Gilberto Kassab (DEM), ao PMDB, Beraldo afirmou que não vê o movimento como ameaça aos projetos políticos do PSDB no Estado.
O secretário também não descarta a candidatura de Alckmin à Presidência. "O futuro a Deus pertence."


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