São Paulo, terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

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Ala de Kassab dá ultimato ao DEM e já prepara saída

Bornhausen avisa Agripino que, sem acordo sobre direção, vai se desfiliar

Comando admite ceder à ala kassabista, desde que tenha a garantia de que o prefeito vai sair sozinho do partido

Mastrangelo Reino/Folhapress
Demistas Jorge Bornhausen, Marco Maciel e José Agripino, durante almoço, em São Paulo

CATIA SEABRA
DE SÃO PAULO

Aliados do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, deram ontem um ultimato ao comando do DEM.
Um dia após jantar com o prefeito, fixaram o dia de amanhã como prazo para a costura de uma chapa única para a direção do partido. Do contrário, deixarão a sigla.
Como o clima é de beligerância, o gesto foi recebido como sinal de que, diante do risco de derrota, o grupo prepara o desembarque.
Em almoço em São Paulo, o ex-senador Jorge Bornhausen (SC) avisou ao líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), que se desfiliará se não prosperar o acordo. Ao seu lado, estava o ex-vice-presidente Marco Maciel.
"Minha contribuição [ao partido] acaba hoje. Se não construirmos um acordo até quarta [amanhã], encerro minha participação. Não adianta tentar por mais um mês", disse Bornhausen, cuja saída pavimentaria a adesão do governador Raimundo Colombo (SC) à base governista.
Apoiado pela atual direção para a presidência do DEM, Agripino explica que o grupo pediu resposta já para avaliar seu futuro um mês antes da eleição do partido.
O grupo apresentou uma proposta de difícil aceitação como condição de permanência. Pela ideia de Bornhausen, o grupo apoiaria a eleição de Agripino, abrindo mão do nome de Maciel, desde que a Executiva fosse mantida como está.
A proposta será submetida hoje ao líder do DEM na Câmara, Antonio Carlos Magalhães Neto (BA), mas deverá ser vetada pelos 17 novos deputados que reivindicam espaço. "Propostas podem ser aprimoradas", justificou Agripino.
O atual comando do DEM até admite compor com a ala kassabista, contanto que tenha garantia de que Kassab sairá sozinho do partido.
"Vou lutar pela unidade", disse ACM Neto.
Na véspera, no jantar, Kassab reafirmou a disposição de deixar o DEM. Mas manifestou hesitação sobre o melhor instrumento jurídico.


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