São Paulo, sexta-feira, 15 de abril de 2011

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NELSON DE SÁ - nelsonsa@uol.com.br

Assustado?

A CNN noticiou, da cúpula em Sanya, que os Brics buscam "virar uma força nos assuntos globais". E o Drudge Report seguiu dando atenção, com foto dos cinco e o enunciado "Novas potências mundiais se movem pelo fim da dominação do dólar".
Na "Foreign Policy", David Rothkopf escreveu "Um mundo que não precisa pedir permissão à América", com foto dos cinco. Contrasta a Otan dividida com o grupo Brics -que tem como um de seus atrativos "o fato de não ser dominado pelo Ocidente".
Por outro lado, ainda na mídia americana, a "Time" fez análise derrisória, "Por que a cúpula Brics não vai alcançar coisa nenhuma", repisando suas diferenças. E o "Wall Street Journal", no mesmo tom, escreveu que a "China se reúne com outros emergentes para coordenar políticas! Você está assustado? Não fique".

cnn.com
Ontem na CNN, a "crescente influência das nações Bric"


Contra-ataque No "New York Times", nada de Brics. E reportagem de Washington diz que "Política econômica chinesa é principal tópico para o G20", que reúne ministros de finanças hoje. Abrindo o texto, "EUA e seus aliados, frustrados no esforço de pressionar a China a mudar suas políticas, buscam alistar outras nações em desenvolvimento numa campanha internacional".

Sobe-e-desce O britânico "Financial Times", após dar manchete para o questionamento da "credibilidade" dos EUA pelo FMI, destacou ontem entrevista exclusiva com o secretário do Tesouro, para a manchete on-line "Geithner busca reassegurar débito americano".
E postou, de Sanya, que a "China consolida papel de Bric top", com agenda "sem o arbítrio dos EUA".

pressdisplay.com
Na edição de hoje, "paz e prosperidade" _contra o "uso da força"

//DENG XIAPING E OS BRICS
A começar do canal CNTV, a cobertura chinesa deu prioridade geral à cúpula Brics. O "China Daily" destaca, na edição de hoje, a defesa de reforma no sistema monetário internacional e o apoio da Rússia às iniciativas ambientais do grupo Basic (Brasil, África do Sul, Índia e China).
Em artigo no mesmo "China Daily", ontem, um representante do PC chinês, Zheng Xinli, escreveu que "Brics têm de assumir novos desafios". Pela ordem: reduzir desigualdade, ampliar industrialização, melhorar seguridade social, controlar inflação e "conter a entrada de "hot money'". Cobra reuniões regulares em todos os níveis, não só de chefes de Estado.
Também ontem no jornal, um professor da Universidade Jiao Tong, de Xangai, escreveu que a cúpula Brics indica "o que o mundo vai ser cada vez mais no século 21". E cita Deng Xiaoping: "Se nós queremos mudar a ordem econômica internacional, temos que encontrar novos caminhos para aumentar a cooperação Sul-Sul".

Resultados O ministro Fernando Pimentel descreveu os chineses como mais objetivos que os americanos, no "Valor", e comparou: "Com Obama houve empatia, mas não resultado. Com Hu Jintao não se criou aquele clima familiar, mas teve resultado". Brasil e China retomam reuniões interministeriais no mês que vem.

Benefícios "O Globo" noticiou que, "na esteira do anúncio do investimento bilionário da Foxconn, o governo prepara medida provisória, que deve ser votada logo depois da Páscoa, classificando tablet como computador", não mais como celular -o que permitirá o acesso a benefícios fiscais e redução no preço de até 30%.

//TOMBINI LÁ
O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, fala amanhã no "think tank" Brookings, em Washington, sobre "o alcance e a efetividade das políticas que diferentes países latino-americanos estão implementando" agora.
E o "WSJ" deu reportagem ontem dizendo que o "Brasil enfrenta suas escolhas mais difíceis, em uma década, quanto a inflação, taxas de juros e o câmbio". E "muitos no mercado financeiro se perguntam se a equipe econômica é experiente -e unida- o suficiente para a tarefa".

//BOA VIZINHANÇA
"Rio", a animação que estreou em primeiro lugar do Brasil à Rússia no fim de semana passado, estreia hoje nos EUA. A crítica do "NYT" saúda a "exuberância" e a "vibração" e anota que a história "funciona". A do "USA Today" diz que é "visualmente deslumbrante" e "vai fazer você querer viajar para o Rio". Do "Washington Post" à "Time", a recepção é a mesma.


Leia mais, pela manhã, em www.todamidia.folha.blog.uol.com.br


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