São Paulo, quarta-feira, 15 de junho de 2011

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Justiça revoga a prisão da primeira-dama de Campinas

Rosely Nassim é acusada de chefiar esquema de desvios e fraudes na prefeitura

Defesa diz que pedido de prisão foi "erro de leitura'; vice-prefeito, Demétrio Vilagra (PT), continua foragido


MARÍLIA ROCHA
DE CAMPINAS

SILVIO NAVARRO
DE SÃO PAULO

A primeira-dama de Campinas, Rosely Nassim Santos, teve o pedido de prisão preventiva revogado anteontem pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. Ela estava foragida desde sexta-feira.
Acusada pelo Ministério Público de ser mentora de um esquema de fraudes e desvios em contratos da prefeitura, Nassim deve permanecer em liberdade ao menos até que o tribunal paulista julgue o mérito de um habeas corpus preventivo, obtido no dia 9 de maio.
Em seu despacho, o desembargador Poças Leitão afirmou que a prisão não poderia ter sido decretada pelo juiz da 3ª Vara Criminal de Campinas, Nelson Bernardes, porque o habeas corpus que estava vigente impedia qualquer "medida coercitiva" contra o prefeito Hélio de Oliveira Santos, o dr. Hélio (PDT), e, por extensão, contra sua mulher também.
O entendimento dele é que medidas como buscas e prisões só poderiam ser decretadas por magistrados de segunda instância devido ao foro privilegiado do prefeito.
O juiz Nelson Bernardes disse que não comenta a nova decisão. O promotor Ricardo Schade, um dos responsáveis pela investigação, afirmou que a primeira-dama segue entre os acusados.
O advogado José Roberto Batochio, que defende o casal, criticou o pedido de prisão. "O que aconteceu foi um erro de leitura, procurou-se uma entrelinha para pedir a prisão [de Nassim], mas não era o caso", afirmou.
O vice-prefeito da cidade, Demétrio Vilagra (PT), e outros três denunciados ainda estão foragidos.


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