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Servidora é exonerada por violar sigilo de tucanos
Defesa estuda entrar com ação contra União
DE SÃO PAULO
O Serpro (serviço de processamento de dados do governo federal) exonerou a
servidora Adeildda Ferreira
dos Santos, indiciada por envolvimento no caso da quebra de sigilos fiscais de tucanos no ano passado.
Ela estava cedida à agência da Receita Federal em
Mauá (ABC paulista) até o estouro do caso. Desde então, é
investigada pela Corregedoria da Receita e havia sido
"devolvida" ao Serpro.
Na agência em Mauá foram acessados -sem autorização- dados fiscais sigilosos de tucanos em 8 de outubro de 2009, entre eles
Eduardo Jorge Caldas, vice-presidente do partido, e Verônica Serra, filha do então
candidato tucano à Presidência, José Serra.
Cópias das declarações de
Imposto de Renda de EJ, conforme a Folha revelou em 12
de junho do ano passado, foram incluídas em um dossiê
preparado pelo "grupo de inteligência" criado durante a
pré-campanha de Dilma
Rousseff.
O advogado Marcelo Panzardi, que defende Adeildda
dos Santos, informou que estuda entrar com um processo
trabalhista contra a União
porque a decisão contra a sua
cliente foi tomada antes do
desfecho do procedimento
administrativo instaurado na
Corregedoria da Receita.
Uma das linhas da defesa é
que ela não teve intenção de
violar as declarações porque
achava estar cumprindo ordens da chefe da unidade.
(SILVIO NAVARRO)
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