São Paulo, quarta-feira, 15 de junho de 2011

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PF prende 22 por suspeita de desvios de benefícios do INSS

Servidores teriam recebido propina para dar atestados falsos

SÍLVIA FREIRE
DE SÃO PAULO

A Polícia Federal prendeu ontem, em Maceió, 22 suspeitos de participar de um esquema de concessão de benefícios do INSS para pessoas que simulavam problemas psicológicos.
Entre os presos estão médicos e servidores do INSS, contadores e pessoas que se beneficiaram do esquema.
A PF não divulgou o nome dos investigados. O inquérito está sob sigilo.
As investigações -feitas em conjunto entre a PF, o Ministério Público Federal e o INSS- apontam que escritórios de contabilidade fraudavam vínculos empregatícios entre os beneficiados e empresas fantasmas.
Os falsos trabalhadores entravam no INSS com pedido de licença médica por problemas psicológicos, que era obtida mediante pagamento de propina a servidores e peritos do órgão.
"Para fraudar o INSS, escolhiam a doença mais fácil de ser simulada, que é o transtorno mental", disse a procuradora Ládia Chaves, do Ministério Público Federal em Alagoas, que acompanhou as investigações.
A Folha mostrou ontem que a Previdência Social poderá ter uma despesa adicional superior a R$ 1 bilhão por ano se o pagamento de auxílio-doença continuar aumentando no ritmo acelerado observado nos últimos meses. O Ministério Público Federal do Rio vê risco de fraudes.
Em Alagoas, o suposto esquema atuava há pelo menos três anos e pode ter sacado ilegalmente R$ 12 milhões dos cofres do INSS.
O diretor do Sindicato dos Servidores da Previdência do Estado, Célio dos Santos, disse que o órgão acompanha os servidores presos.


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