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PF prende 22 por suspeita de desvios de benefícios do INSS
Servidores teriam recebido propina para dar atestados falsos
SÍLVIA FREIRE
DE SÃO PAULO
A Polícia Federal prendeu
ontem, em Maceió, 22 suspeitos de participar de um esquema de concessão de benefícios do INSS para pessoas que simulavam problemas psicológicos.
Entre os presos estão médicos e servidores do INSS,
contadores e pessoas que se
beneficiaram do esquema.
A PF não divulgou o nome
dos investigados. O inquérito
está sob sigilo.
As investigações -feitas
em conjunto entre a PF, o Ministério Público Federal e o
INSS- apontam que escritórios de contabilidade fraudavam vínculos empregatícios
entre os beneficiados e empresas fantasmas.
Os falsos trabalhadores
entravam no INSS com pedido de licença médica por problemas psicológicos, que era
obtida mediante pagamento
de propina a servidores e peritos do órgão.
"Para fraudar o INSS, escolhiam a doença mais fácil
de ser simulada, que é o
transtorno mental", disse a
procuradora Ládia Chaves,
do Ministério Público Federal em Alagoas, que acompanhou as investigações.
A Folha mostrou ontem
que a Previdência Social poderá ter uma despesa adicional superior a R$ 1 bilhão por
ano se o pagamento de auxílio-doença continuar aumentando no ritmo acelerado observado nos últimos meses.
O Ministério Público Federal
do Rio vê risco de fraudes.
Em Alagoas, o suposto esquema atuava há pelo menos
três anos e pode ter sacado
ilegalmente R$ 12 milhões
dos cofres do INSS.
O diretor do Sindicato dos
Servidores da Previdência do
Estado, Célio dos Santos, disse que o órgão acompanha os
servidores presos.
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