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PRESIDENTE 40 ELEIÇÕES 2010
Até hoje PF não sabe quem violou o sigilo fiscal de EJ em 2001
Vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge afirma que já é terceira vez que é vítima de vazamento de informação
Inquérito que apura a
1ª violação ainda está na Superintendência da PF em Brasília; tucano critica "embromation"
ANDRÉA MICHAEL
DE SÃO PAULO
Investigação da Polícia Federal sobre violação de sigilo
fiscal de Eduardo Jorge Caldas ocorrida em 2001 ainda
não foi concluída.
O inquérito, instaurado
em maio de 2005 para apurar
o crime, ainda tramita na Delegacia de Polícia Fazendária
da Superintendência da PF
em Brasília com o número
446/2005. Agora está sob o
comando do delegado Fernando de Sousa Oliveira.
Em 2001, dados fiscais de
EJ foram publicados pela imprensa. Ele representou à Receita e à PF, pedindo a investigação de quem ou quais seriam os responsáveis pelo vazamento da informação.
Na Receita, o procedimento aberto concluiu que não
houve vazamento das informações no órgão e que o
acesso aos dados naquela repartição foi legal, pois havia
sido requisitado pelo Ministério Público Federal.
"No ano passado, fui chamado para prestar depoimento no inquérito, que ainda está por aí, sem conclusão. Na Receita, disseram
que de lá os dados não saíram", disse EJ.
Nas contas de EJ, com a
violação de seu sigilo fiscal
neste ano, conforme a Folha
revelou, será a terceira vez
que isso ocorre. "A segunda
foi em 2003, exatamente como agora, e em 2001: minhas
declarações aparecem na imprensa. Representei à Receita
Federal, mas de novo a conclusão foi que os dados não
foram vazados por lá".
Ontem, EJ considerou uma
embromação o depoimento
do secretário da Receita, Otacílio Cartaxo, ao Senado: "É
embromation", disse após a
sessão da Comissão de Constituição e Justiça: "Adianta
na medida em que projeta
para o país que estão tentando encobrir [a violação]".
Sentado sozinho no fundo
da CCJ, o tucano ficou presente durante as mais de
duas horas de depoimento.
Eduardo Jorge não levou assessores e foi saudado por senadores. Para ele, os nomes
dos responsáveis pela quebra não são divulgados pelo
governo por "conveniência".
O vice-presidente do PSDB
prometeu dar um "voto de
confiança" à Corregedoria da
Receita para investigar a quebra de sigilo, mas disse não
ter "esperança" de que os
responsáveis sejam identificados antes das eleições.
"Se a quebra foi feita em
ambiente eleitoral e com propósito eleitoral, tinha que ser
resolvida antes das eleições,
para que a população possa
julgar se está havendo uma
utilização indevida da máquina pública", disse.
Colaborou a Sucursal de Brasília
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