São Paulo, quinta-feira, 15 de julho de 2010

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PRESIDENTE 40 ELEIÇÕES 2010

Dilma é produto de marqueteiro, diz Serra

Tucano afirma que rival "não consegue andar sobre suas próprias pernas" e por isso usa "máquina governamental"

O candidato disse haver também "profissionais da mentira" a serviço da petista que, segundo ele, distorcem os fatos



DE SÃO PAULO

Em mais um capítulo do tiroteio verbal entre os candidatos à Presidência José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), o tucano afirmou ontem que sua adversária "não consegue andar sobre suas próprias pernas" e que a candidatura da petista é "produto de marqueteiros".
As declarações foram dadas em reação ao fato de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter enaltecido Dilma, anteontem, durante evento oficial do governo federal, ao dizer que ela "assumiu a responsabilidade de fazer esse TAV [trem-bala]".
"Para suprir essa dificuldade [de Dilma] de andar pelas próprias pernas, entra a máquina governamental", afirmou o tucano, depois de encontro com sindicalistas, em São Paulo.
Serra disse que o uso da "máquina governamental do jeito que está sendo usada fere o senso de Justiça do povo brasileiro".
O próprio Lula, antes de citar o nome da ministra, admitiu que estava infringindo a legislação eleitoral. Ontem, pediu "desculpas", caso tenha cometido um "erro político". O presidente já recebeu seis multas, num total de R$ 42,5 mil, por fazer campanha antecipada para Dilma.
O candidato tucano também citou a existência de "profissionais da mentira" a serviço de Dilma que, segundo ele, distorcem os fatos. Serra negou, por exemplo, que tenha afirmado que irá acabar com o Ministério do Desenvolvimento Agrário.
Mesmo assim, não deixou de atacar o órgão, responsável pela execução da reforma agrária no país.
"Na verdade, [o ministério] hoje é um cabide de empregos para o pessoal do MST [Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra]", disse.

RECEITA
Ao comentar o anúncio, pela Receita Federal, de que já foram identificados os servidores que tiveram acesso indevido a dados sigilosos do vice-presidente-executivo do PSDB, Eduardo Jorge, Serra defendeu a divulgação dos nomes dos servidores.
"O secretário da Receita foi honesto ao admitir isso, mas é insuficiente admitir, agora tem que dar o nome", disse.
Sem citar o nome do PT, Serra acabou responsabilizando o partido pelo acesso aos dados de Eduardo Jorge, que seriam usados num dossiê contra os tucanos.
"[Não é a primeira vez que] um partido pega informações, que são sigilosas, e usa na política, desrespeitando os direitos dos cidadãos."
(BRENO COSTA)


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