São Paulo, quinta-feira, 15 de setembro de 2011

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Demissão de Novais expõe racha e deve dominar fórum do PMDB

Membros da sigla reclamam de desgaste causado por escândalos

DE BRASÍLIA

A queda de Pedro Novais do Ministério do Turismo - o terceiro peemedebista a deixar a Esplanada em dois meses - explicitou ontem o racha que atravessa o PMDB e que pode ficar mais evidente durante o fórum nacional do partido, que acontece hoje.
Após a demissão de Novais, o comando da legenda se esforçava para encontrar um discurso que neutralizasse o impacto da exoneração. Integrantes do PMDB, no entanto, admitem que o efeito negativo é inevitável:
"Claro que contaminou", reconheceu o ministro Moreira Franco (Secretaria de Assuntos Estratégicos), um dos responsáveis pela redação do texto que será distribuído aos cerca de 3.000 participantes.
O presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), reconheceu que dificilmente o caso Novais não será debatido, o que afetará o lançamento de uma agenda positiva.
Segundo ele, o partido terá 15 propostas na pauta. Entre elas, a rejeição de um novo imposto para financiar a saúde e à criação de um marco regulatório da mídia, que são bandeiras do PT.
Mas nada aplacará a divisão exposta já na manhã de ontem, quando vice-líderes se reuniram com o líder Henrique Eduardo Alves para discutir a sucessão na pasta.
Incomodados com a concentração de poder de Eduardo Alves, novatos da bancada disseram não aceitar imposições, exigindo que o nome fosse submetido à sigla.
Os peemedebistas reclamaram do desgaste sofrido após as acusações contra Novais, que tinha como padrinhos unicamente o líder e o vice-presidente Michel Temer. Só então, Eduardo Alves decidiu cobrar do ministro sua carta de demissão.
À noite, Eduardo Alves reuniu novamente os vice-líderes para afirmar que caberia à presidente Dilma a escolha do nome. (CATIA SEABRA, MARIA CLARA CABRAL E MÁRCIO FALCÃO)



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