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Aecistas prometem "sangue", mas não vitória
Tucanos mineiros afirmam que vão "trabalhar à exaustão", mas advertem que Lula é muito popular no Estado
Em ato com prefeitos, Itamar diz que Aécio é o maior líder nacional e que Serra não vencerá se não falar para Minas
PAULO PEIXOTO
RODRIGO VIZEU
DE BELO HORIZONTE
A base política do senador
eleito Aécio Neves prometeu
ontem dar até o "sangue" para eleger José Serra (PSDB) à
Presidência em um ato político em Belo Horizonte, mas
não prometeu a vitória do
candidato em Minas, o segundo maior colégio do país
(14,5 milhões de eleitores).
Dos 662 prefeitos convidados, 301 compareceram.
Além de Serra, participaram
do ato Aécio, o governador
reeleito Antonio Anastasia
(PSDB) e o senador eleito Itamar Franco (PPS).
Nenhum deles quis assegurar a vitória de Serra em
Minas. Nos bastidores do
PSDB mineiro, a explicação é
que é preciso levar em conta
a popularidade de Lula no
Estado e o fato de Dilma
Rousseff (PT) ser mineira.
Dilma teve 1,75 milhão de
votos a mais do que Serra no
Estado no primeiro turno. É
equivalente a quase todo o
eleitorado de BH (1,82 mi).
Muitas vezes criticado por
não ter se empenhado tanto
por Serra no primeiro turno,
Aécio disse: "Fomos vitoriosos, mas vitoriosos em parte.
A vitória completa só existirá
com a vitória de José Serra".
Anastasia declarou que o
trabalho deles não estava encerrado e que "a mais importante das tarefas" é eleger
Serra: "Vamos agora trabalhar à exaustão, com as mangas arregaçadas, vamos dar o
nosso sangue para ver José
Serra presidente do Brasil".
Itamar deu a Aécio mais
importância que a Serra:
"Aécio é maior liderança nacional que temos aqui". E advertiu o candidato: "É preciso falar para Minas. Se não
falar para Minas, o sr. [Serra]
não ganhará as eleições".
Com a bandeira de Minas
no pescoço (autografada por
Aécio, Anastasia e Itamar),
Serra disse que o ato era "motivo de muita honra".
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