São Paulo, sexta-feira, 15 de outubro de 2010

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Aecistas prometem "sangue", mas não vitória

Tucanos mineiros afirmam que vão "trabalhar à exaustão", mas advertem que Lula é muito popular no Estado

Em ato com prefeitos, Itamar diz que Aécio é o maior líder nacional e que Serra não vencerá se não falar para Minas

PAULO PEIXOTO
RODRIGO VIZEU

DE BELO HORIZONTE

A base política do senador eleito Aécio Neves prometeu ontem dar até o "sangue" para eleger José Serra (PSDB) à Presidência em um ato político em Belo Horizonte, mas não prometeu a vitória do candidato em Minas, o segundo maior colégio do país (14,5 milhões de eleitores).
Dos 662 prefeitos convidados, 301 compareceram. Além de Serra, participaram do ato Aécio, o governador reeleito Antonio Anastasia (PSDB) e o senador eleito Itamar Franco (PPS).
Nenhum deles quis assegurar a vitória de Serra em Minas. Nos bastidores do PSDB mineiro, a explicação é que é preciso levar em conta a popularidade de Lula no Estado e o fato de Dilma Rousseff (PT) ser mineira.
Dilma teve 1,75 milhão de votos a mais do que Serra no Estado no primeiro turno. É equivalente a quase todo o eleitorado de BH (1,82 mi).
Muitas vezes criticado por não ter se empenhado tanto por Serra no primeiro turno, Aécio disse: "Fomos vitoriosos, mas vitoriosos em parte. A vitória completa só existirá com a vitória de José Serra".
Anastasia declarou que o trabalho deles não estava encerrado e que "a mais importante das tarefas" é eleger Serra: "Vamos agora trabalhar à exaustão, com as mangas arregaçadas, vamos dar o nosso sangue para ver José Serra presidente do Brasil".
Itamar deu a Aécio mais importância que a Serra: "Aécio é maior liderança nacional que temos aqui". E advertiu o candidato: "É preciso falar para Minas. Se não falar para Minas, o sr. [Serra] não ganhará as eleições".
Com a bandeira de Minas no pescoço (autografada por Aécio, Anastasia e Itamar), Serra disse que o ato era "motivo de muita honra".


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