São Paulo, sexta-feira, 15 de outubro de 2010

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NELSON DE SÁ - nelsonsa@uol.com.br

Efeito Serra

O "Valor" de papel deu que anteontem as ações das empresas elétricas, que já haviam saltado depois da passagem de José Serra ao segundo turno, "subiram forte em meio a especulações de pesquisa Ibope apontando empate -o que não se confirmou". Mas à tarde saiu a pesquisa Sensus com "empate técnico" -e, destaque no Valor Online, veio o "efeito Serra", na expressão de um estrategista de mercado. Os juros futuros caíram com a perspectiva de que ele corte os juros, seja via ajuste fiscal, seja com "Banco Central que não perseguiria a meta de inflação".
Antes, no papel, o jornal ouviu executivos do setor financeiro sobre uma eventual administração Serra. Citaram riscos macroeconômicos, "por ser crítico ao câmbio flutuante e ao regime de metas de inflação", mas também avanços microeconômicos, "cortando gastos" com "um início de governo infernal".

//EFEITO SERRA LÁ

No exterior, fim do dia, despachos de Reuters e outras agências noticiaram que os "ganhos da oposição tornaram os investidores nervosos" e levaram a "uma confusão de última hora nos pregões", inclusive queda da moeda brasileira. Analistas justificaram com a defesa feita pelo tucano de "uma moeda mais fraca" e "redução nos juros".
O site do "Wall Street Journal" anotou que, devido à eleição apertada, a Bovespa não subiu, apesar do bom desempenho de Petrobras e Vale. E o site do "Financial Times" ressaltou a queda nos juros futuros, explicada pela perspectiva, com Serra, de "redução nos gastos" ou "pressão sobre o BC, que poderia significar aumento da inflação".

economist.com
CALMA Na "Economist", as "Guerras cambiais" que, "ao menos retoricamente", se estabeleceram após Guido Mantega recorrer à expressão "no dia 27 de setembro". A revista diz "Como parar uma guerra cambial: Fique calmo, não espere conserto rápido e sobretudo não abra uma luta comercial com a China"

Concorrência O "FT" noticiou que "Tamanho importa, e os países médios da América Latina se unem". Mais precisamente, as Bolsas de Chile, Colômbia e Peru se juntam "até o mês que vem" -com objetivo de enfrentar, em volume, a Bovespa, hoje o dobro das três somadas. Elas já seriam "os três mercados mais quentes da América Latina", com desempenho "sete vezes superior" à Bolsa brasileira neste ano.

Milagre "Miami Herald" e outros da rede McClatchy deram a longa análise "O silencioso milagre da América Latina". Saúda como a região "que originou o termo República das Bananas se tornou lar de governos responsáveis, produzindo resultados impressionantes" e elevando o apoio à democracia. Dá, "por exemplo, o Brasil". E sugere que "agora podem inspirar e até instruir" os EUA e a Europa em crise.

"O Cruzeiro"/nybooks.com
CACARECO A antropóloga Lilia Schwarcz escreveu no "New York Review of Books" o texto "Politicamente incorreto: o palhaço eleito". Recorda Cacareco, o rinoceronte "eleito" em 1959, e diz que Tiririca veio acompanhado da derrota de vários líderes. Aponta no eleitor brasileiro uma atitude "imprevisível"

Paramount/nytimes.com
DRAMA O "New York Times" ouviu Kirk Douglas, 93, o jornalista de "A Montanha dos Sete Abutres" (1951), sobre o resgate dos mineiros chilenos. Ele lembrou como Billy Wilder o dirigiu dizendo que "um homem ou alguns homens presos no subsolo emocionam" mais que enchentes ou terremotos, por identificação -daí o grande impacto da exploração de um episódio assim, no filme e na realidade



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