São Paulo, quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

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TODA MÍDIA

NELSON DE SÁ nelsonsa@uol.com.br

Brasil vai ao Oriente

bbc.co.uk/portuguese
Na imagem da BBC Brasil, "boinas azuis" da ONU no Líbano

Na BBC Brasil, de seu correspondente no Líbano, "Militares brasileiros chegam para comandar força naval da ONU". Na "CartaCapital", o contra-almirante Luiz Henrique Caroli qualificou a missão libanesa de "delicada" e um desafio "tremendo", dada a "área conturbada que é o Oriente Médio". O objetivo, diz ele, é "contribuir com a paz e a segurança" e também "dar projeção ao Brasil, que aspira a ser ator global". Pouco antes da revolta no Egito, o Líbano trocou de governo, agora menos alinhado aos EUA.

O REINO
A Al Jazeera, do Qatar, que fica ao lado e também é monarquia, demorou para levar à manchete, mas fechou o dia com "Mortes elevam tensão no Bahrein". E ressaltou que o rei, "pedindo desculpa, promete investigar incidentes".
Também o "New York Times", que abriu o dia no Irã, mudou de ideia no começo da tarde e avançou noite adentro com a manchete "Agitação cresce no Bahrein depois de polícia matar dois manifestantes". O rei é um aliado na região.

CHAUVINISMO OCIDENTAL
Começou com Malcolm Gladwell, da "New Yorker", questionando o papel das redes sociais privadas nas revoltas árabes no post "O Egito precisa do Twitter?". Depois Frank Rich, do "NYT", atacou o "chauvinismo ocidental" que tenta creditar as revoltas a Facebook etc. Os dois estão agora sob ataque de "falcões" liberais como Andrew Sullivan, da "Atlantic", que buscam desvincular os EUA das ditaduras árabes.
Mas até Richard Haas, que preside o Council on Foreign Relations e dirigiu o Departamento de Estado sob Colin Powell, avisa que "o papel da mídia social tem sido exagerado", pois "não é a primeira tecnologia desestabilizadora". E "imprensa, telégrafo, rádio, TV, fita cassete, todos desafiaram a ordem", mas também não foram "decisivos" para revoluções.

MITO
foreignpolicy.com
A "Foreign Policy" tomou posição com a manchete "Facebook venceu Murabak... Não", ontem, sobre os mitos espalhados na cobertura

DO DEPARTAMENTO DE ESTADO
Depois da coluna de Frank Rich, o "NYT" passou a publicar, em direção contrária, longas pautas diárias dando Facebook, Twitter e Google como protagonistas no Egito e na Tunísia -e até dizendo que as empresas americanas estariam buscando "manter quieto seu papel nas revoltas".
E ontem o mesmo "NYT" destacou que a secretária Hillary Clinton, antes defensora de Mubarak, "planeja divulgar uma política sobre liberdade na internet, visando ajudar as pessoas a superar barreiras on-line -e dificultar que governos autocráticos usem a tecnologia para reprimir".

BRASIL & CHINA, DE NOVO
Nas páginas iniciais do "Wall Street Journal" e, com menor destaque, do "Financial Times", "Brasil diz que não tem planos de pressionar a China sobre yuan". Mais até, num segundo longo post do "WSJ", "Ministro da Fazenda do Brasil renova ataque ao Fed", o banco central americano.
Acompanhado pelos correspondentes estrangeiros, Guido Mantega foi ao Congresso e negou o noticiário que se seguiu à visita do secretário do Tesouro, Timothy Geithner, e assustou a China. Em suma, ele voltou a responsabilizar os EUA pela "guerra cambial", não os chineses.

Eldorado
Ontem no "China Daily", "Brasil quer indústria de defesa conjunta da América do Sul". Ao fundo, o "FT" e o "Guardian" publicaram editoriais sobre o projeto chinês de financiar um "rival do Canal do Panamá" na Colômbia. Sublinhando que a "estrada trans-americana" entre São Paulo e o Pacífico "está quase pronta", o primeiro ressaltou que a busca chinesa pelo "Eldorado" pode ser um sinal de que "o grande reequilíbrio começou".

Suicídio
Da parte dos EUA, os cortes no orçamento derrubaram a "ajuda" financeira e militar para a América Latina em 18% e 43%, respectivamente, para escândalo das instituições que buscam vincular Washington aos países da região.
Na coluna de Andres Oppenheimer no "Miami Herald", "Corte de ajuda pode ser suicídio diplomático". Ele enfatiza que até Hugo Chávez agora investe mais na recuperação do Haiti do que a administração Obama.

Leia mais, pela manhã, em www.todamidia.folha.blog.uol.com.br


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