São Paulo, segunda-feira, 16 de maio de 2011

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Nakba

Na Al Jazeera, "palestinos são mortos e feridos em Gaza, colinas de Golan, Ras Maroun e Cisjordânia, no Nakba". Destacou que Nakba ou dia da catástrofe se refere aos "760 mil palestinos que fugiram ou foram expulsos de suas casas no conflito que se seguiu à criação de Israel", em 1948, e que "hoje são estimados em 4,7 milhões, com os descendentes".
No "New York Times", "Manifestantes mortos em confrontos com Israel" no "aniversário em que árabes lamentam criação de Israel". Na fronteira libanesa, "soldados atiraram em centenas de palestinos que tentavam atravessar, matando 10", e nas colinas de Golan, "atiraram na multidão, matando quatro". Diz ser "o primeiro ano em que os refugiados palestinos tentaram romper a fronteira militar".

nytimes.com
Não foi manchete, mas o "NYT" abriu foto e chamada para os "confrontos"

Precedentes No sábado, Al Jazeera e France Presse destacaram a morte de um palestino de 16 anos em Jerusalém Oriental, atingido por tiros de seguranças de um assentamento israelense. Na sexta, a Al Jazeera deu que egípcios protestaram na praça Tahrir "em apoio à causa palestina".

BBC e a Palestina No destaque da BBC, sem mortes, "Violência irrompe nas fronteiras de Israel".
Sexta, o "Guardian" deu que a "BBC é criticada por usar efeitos para cobrir o verso "Palestina livre" do rapper Mic Righteous". A estatal é acusada de "viés" antipalestino em outros casos.

"O CASO KUSHNER"
Em Nova York, a última semana e meia foi de controvérsia na comunidade judaica. O conselheiro Jeffrey Wiesenfeld conseguiu vetar homenagem da City University ao dramaturgo Tony Kushner, dizendo que ele havia apontado "limpeza étnica" de palestinos depois da criação de Israel, em 1948. A reação foi ampla, incluindo editorial no "NYT", e a universidade voltou atrás no veto.
Sexta, o colunista Roger Cohen ouviu Kushner, que vê "mudança muito significativa" nos EUA, mais conscientes da "enorme necessidade de alguma dose de debate" sobre Israel.

SILÊNCIO
A Al Jazeera prossegue com a série sobre a repressão no reino do Bahrein, sob intervenção saudita. No destaque de sexta, a monarquia sunita "destrói mesquitas e instituições religiosas xiitas". Sábado, "demissões em massa no setor privado", de empregados "em sua maioria xiitas".
No "Independent", Robert Fisk escreveu, com eco nos agregadores, "Por que nenhum clamor contra esses tiranos torturadores?", sobre a repressão no Bahrein, citando a Arábia Saudita e o "silêncio" ocidental -e também, até a série iniciada há poucos dias, da Al Jazeera, do Qatar.

EXÉRCITO PRIVADO
nytimes.com
Na manchete de papel do "NYT" de domingo, "Fundador da Blackwater monta força secreta no deserto". Erik Prince, da empresa de segurança, "foi contratado pelos Emirados Árabes Unidos" e vem preparando um "exército mercenário liderado por americanos", com colombianos, sul-africanos e outros

FMI EMERGENTE?
A prisão do diretor-gerente "ameaça influência da Europa no FMI", destacou o "Financial Times". Dominique Strauss-Kahn já era criticado por "governos emergentes pela generosidade de seus programas de resgate para a Europa Ocidental", Grécia inclusive, "em contraste com as duras condições impostas às nações em desenvolvimento". E agora o quadro no Fundo é "muito mais difícil" para os europeus, "com os americanos", emplacarem um sucessor da região.
O "FT" já dá como alternativas os ex-ministros Kemal Dervis, turco, e Trevor Manuel, sul-africano.

Mantega lá Procurando "identificar as pessoas centrais para a conversa global", a "Forbes" fez um perfil do ministro Guido Mantega, a "sensação internacional" que "cunhou a expressão guerras cambiais". Wolf quer esfriar Falando ao iG, o colunista Martin Wolf, do "FT", se declara "um pouco preocupado com o superaquecimento" brasileiro. Diz que o real "precisa ser esfriado com forte aperto na política fiscal".


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