São Paulo, quinta-feira, 16 de setembro de 2010

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Dilma rebate FHC e evita falar de escândalos

Candidata sai em defesa de Lula e se nega a comentar tráfico de influência no governo

PAULO PEIXOTO
ENVIADO ESPECIAL A VARGINHA (MG)

A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, rebateu ontem críticas ao presidente Lula feitas pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que chamou o petista de autoritário por querer "extirpar o DEM" da política nacional.
Dilma relembrou o fato de o então presidente do DEM, Jorge Bornhausen, durante o escândalo do mensalão, ter dito que ficaria livre da "raça petista" por 30 anos. Segundo a candidata, a declaração foi um "método golpista de tirar as pessoas" do poder.
Para ela, há uma "diferença substantiva" entre o que disse Bornhausen e o que disse Lula. Classificou de "política de extermínio" a fala do DEM e disse que Lula propôs extirpar o DEM da política brasileira "no voto".
"Derrotar qualquer pessoa na eleição é ato que faz parte do processo democrático. O que estamos dizendo é que gostaremos de derrotar o DEM na eleição. São nossos adversários. Não vejo nenhuma manifestação estranha nisso. Foi neste contexto que o presidente Lula falou."
Questionada se isso revelaria um projeto de hegemonia no poder, Dilma reagiu: "Ganhar nas urnas, até onde eu sei, é legítimo. A não ser que a gente comece agora a deslegitimar vitórias conquistadas nas urnas".
Dilma se negou a fazer novos comentários sobre o possível caso de tráfico de influência no governo e os vazamentos de sigilo fiscal. "Não vou ficar sendo pautada por este caso", afirmou a petista. "Eu já dei bastante satisfação ao eleitorado".


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