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Dilma rebate FHC e evita falar de escândalos
Candidata sai em defesa de Lula e se nega a comentar tráfico de influência no governo
PAULO PEIXOTO
ENVIADO ESPECIAL A VARGINHA (MG)
A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, rebateu ontem críticas ao presidente Lula feitas pelo ex-presidente Fernando Henrique
Cardoso (PSDB), que chamou o petista de autoritário
por querer "extirpar o DEM"
da política nacional.
Dilma relembrou o fato de
o então presidente do DEM,
Jorge Bornhausen, durante o
escândalo do mensalão, ter
dito que ficaria livre da "raça
petista" por 30 anos. Segundo a candidata, a declaração
foi um "método golpista de
tirar as pessoas" do poder.
Para ela, há uma "diferença substantiva" entre o que
disse Bornhausen e o que
disse Lula. Classificou de
"política de extermínio" a fala do DEM e disse que Lula
propôs extirpar o DEM da política brasileira "no voto".
"Derrotar qualquer pessoa
na eleição é ato que faz parte
do processo democrático. O
que estamos dizendo é que
gostaremos de derrotar o
DEM na eleição. São nossos
adversários. Não vejo nenhuma manifestação estranha
nisso. Foi neste contexto que
o presidente Lula falou."
Questionada se isso revelaria um projeto de hegemonia no poder, Dilma reagiu:
"Ganhar nas urnas, até onde
eu sei, é legítimo. A não ser
que a gente comece agora a
deslegitimar vitórias conquistadas nas urnas".
Dilma se negou a fazer novos comentários sobre o possível caso de tráfico de influência no governo e os vazamentos de sigilo fiscal.
"Não vou ficar sendo pautada por este caso", afirmou a
petista. "Eu já dei bastante
satisfação ao eleitorado".
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