São Paulo, terça-feira, 16 de novembro de 2010

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Diretor da PF tenta emplacar sucessor na gestão Dilma

Sob críticas de ter "adestrado" órgão, Luiz Fernando Correa atua para fazer atual diretor de crime organizado chefe da instituição

LUCAS FERRAZ
DE BRASÍLIA

Mesmo sem a definição de quem será o futuro ministro da Justiça do governo Dilma Rousseff, o diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Correa, tenta emplacar seu sucessor no órgão.
O escolhido, se depender de Correa, será Roberto Ciciliatti Troncon Filho, um de seus homens de confiança na cúpula da PF e responsável pela diretoria de combate ao crime organizado.
Chefe da polícia desde 2007, Correa ascendeu no órgão com o apoio do Palácio do Planalto e de uma ala do PT. Após quatro anos no posto, tem como bandeira a profissionalização da PF e o fim da espetacularização nas operações policiais, marca atrelada ao seu antecessor e alvo de ataques.
Sofre críticas, porém, por ter "adestrado" a PF, que atualmente estaria mais preocupada em atacar crimes como tráfico de drogas do que casos de corrupção ou colarinho branco.
Caso consiga emplacar Troncon, Correa conseguirá um feito: nenhum diretor, na história recente da PF, conseguiu fazer o sucessor.
Considerado um delegado técnico e leal, Troncon fez carreira em São Paulo. Foi ele quem comandou a reunião que resultou no afastamento do delegado Protógenes Queiroz do comando da Operação Satiagraha, em 2008.
Entre os cotados para chefiar a PF também estão o superintende no RS, Ildo Gasparetto, e o atual diretor-executivo, Luiz Pontel de Souza. Pontel, porém, deve ser substituto de Paulo Lacerda na representação da polícia em Lisboa, no fim do ano.


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