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Collor diz que defesa de segredo de papéis não tem elo com sua gestão
Temer também apoia sigilo eterno de documentos ultrassecretos
GABRIELA GUERREIRO
DE BRASÍLIA
O senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) quebrou ontem o silêncio para defender o sigilo eterno de documentos ultrassecretos.
Relator do projeto que tramita no Senado sobre sigilo de informações, ele disse ter o apoio da presidente Dilma Rousseff para a preservação do segredo de parte dos documentos oficiais.
O senador lembrou que, quando ministra da Casa Civil, Dilma subscreveu a proposta do governo que prevê prorrogação indefinida do sigilo para documentos oficiais ultrassecretos.
No ano passado, a Câmara dos Deputados aprovou emenda que estabelece que o sigilo só poderia ser renovado uma vez e limitando a 50 anos o prazo para liberação de documentos oficiais. O governo, porém, quer restaurar a proposta original.
Collor disse que não defende o sigilo para preservar informações de seu governo ou da gestão do ex-presidente José Sarney (PMDB-AP), mas por "questão de Estado".
"Eu fui presidente há cerca de 20 anos. Todas as informações em relação ao meu governo já estão inteiramente disponíveis."
Collor apresentou à Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado o total de 11 sugestões de mudanças no texto.
TEMER
O vice-presidente Michel Temer também defendeu ontem o sigilo eterno de documentos classificados como ultrassecretos.
"Não é o sigilo de todo e qualquer documento, só dos atos ultrassecretos e, dentre eles, alguns pontos", disse.
Colaborou FÁBIO GUIBU, de Recife
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