São Paulo, sexta-feira, 17 de setembro de 2010

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Adversários atacam Cabral para tentar forçar 2º turno

Moura acusa governador de pagar mais aos cabos eleitorais que aos PMs

Cabral se defendeu afirmando que em sua gestão o Rio tornou-se o Estado com maior renda média na região Sudeste

DO RIO

Para tentar forçar a realização de um segundo turno das eleições no Rio de Janeiro, adversários do governador Sérgio Cabral (PMDB) nacionalizam a disputa e acirram críticas, tornando o governador o principal alvo no debate Folha/RedeTV! com os candidatos ao governo do Rio, realizado ontem à noite.
Cabral foi acusado por Jefferson Moura (PSOL) de pagar mais para seus cabos eleitorais do que para os cabos da Polícia Militar.
Do candidato Fernando Peregrino (PR), o governador ouviu que tenta "se apropriar" de obras que teriam sido realizadas no Estado graças aos governos de Anthony Garotinho (PR) e Rosinha Matheus (PR), antecessores de Cabral no cargo, e que apoiam sua candidatura.
Citou a vinda da siderúrgica CSA, uma parceria do grupo alemão ThyssenKrupp com a Vale, instalada em Santa Cruz, zona oeste, como exemplo de conquista do casal Garotinho.
A empresa foi multada em R$ 1,8 milhão pela Secretaria de Meio Ambiente, por emissão excessiva de partículas.
Gabeira disse que Cabral tem a "candidatura tabajara" -uma referência ao programa humorístico "Casseta e Planeta"- ao replicar o governador quando este informou que irá construir 50 escolas. Segundo o verde, ele só construiu quatro. "É a candidatura tabajara. Seus problemas acabaram", disse.
A atuação da mulher do governador, Adriana Ancelmo, como advogada de duas concessionárias do governo, a SuperVia e o Metrô, também foi mencionada.
Cabral defendeu-se dizendo que durante sua gestão o Rio tornou-se o Estado com maior renda média no sudeste, segundo dados do PNAD.
Disse ainda, ao ser questionado por Gabeira sobre o afastamento da ministra Erenice Guerra, que tem "orgulho de apoiar Dilma".
Ao responder a Moura sobre o vídeo em que aparece elogiando o ex-chefe da Polícia Civil Álvaro Lins, condenado por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, respondeu: "Eu fui o governo que mais agiu contra a má conduta da polícia".
O Rio tem sete candidatos, mas pelas regras, com base na Lei Eleitoral, participam só os de partidos com representação na Câmara.


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