São Paulo, domingo, 17 de outubro de 2010

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Campanha de Serra nega relato de ex-aluna

Em nota, assessoria do PSDB afirma que Monica Serra nunca se submeteu a um aborto

DE SÃO PAULO

A assessoria de imprensa da campanha de José Serra divulgou ontem nota em que nega que a mulher do candidato do PSDB à Presidência, Monica Serra, tenha se submetido a um aborto.
A nota foi divulgada em resposta a reportagem publicada ontem pela Folha em que ex-alunas de Monica relataram que a então professora lhes contou durante uma aula, em 1992, ter feito um aborto quando estava no exílio com o marido.
Na nota, a assessoria do candidato do PSDB diz: "Diante de matéria publicada hoje, a campanha de José Serra esclarece: Monica Serra nunca fez um aborto".
O texto afirma que "essa acusação falsa, que já circulava antes na internet, repete o padrão Miriam Cordeiro de que o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva foi vítima na eleição de 1989".
Trata-se de uma referência ao testemunho dado por uma ex-namorada de Lula, Miriam Cordeiro, no programa eleitoral do então candidato Fernando Collor de Mello.
Ela disse que Lula ofereceu dinheiro para que ela abortasse da filha de ambos, Lurian. Depois, Lurian defendeu o pai, também na TV.
A nota do PSDB diz que a acusação de que Monica teria feito um aborto dá "continuidade ao jogo sujo que tem caracterizado a presente campanha desde que um núcleo do PT, montado para fazer dossiês contra o candidato tucano à Presidência, foi descoberto em Brasília".
"Primeiro eles atacaram a filha de José Serra. Depois atacaram o seu genro. Agora eles agridem a sua mulher, Monica, que tem a irrestrita solidariedade, amor e respeito de seu marido, de seus filhos, netos e de milhões de brasileiros", conclui a nota.
Uma das alunas de Monica no curso da Unicamp, Sheila Canevacci Ribeiro, 37, postou uma mensagem na rede social Facebook em que contou a história, confirmada depois em entrevista ao jornal. Outra ex-colega de curso confirmou o relato à Folha, sob condição de anonimato.
Sheila afirmou que decidiu revelar a suposta conversa depois que Monica disse, há um mês, no Rio, que Dilma Rousseff (PT), que já defendeu a descriminalização do aborto, seria a favor de "matar criancinhas", segundo a Agência Estado.
Antes de publicar a reportagem, a Folha procurou Monica durante dois dias, mas não obteve resposta.


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