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Campanha de Serra nega relato de ex-aluna
Em nota, assessoria do PSDB afirma que Monica Serra nunca se submeteu a um aborto
DE SÃO PAULO
A assessoria de imprensa
da campanha de José Serra
divulgou ontem nota em que
nega que a mulher do candidato do PSDB à Presidência,
Monica Serra, tenha se submetido a um aborto.
A nota foi divulgada em
resposta a reportagem publicada ontem pela Folha em
que ex-alunas de Monica relataram que a então professora lhes contou durante
uma aula, em 1992, ter feito
um aborto quando estava no
exílio com o marido.
Na nota, a assessoria do
candidato do PSDB diz:
"Diante de matéria publicada hoje, a campanha de José
Serra esclarece: Monica Serra
nunca fez um aborto".
O texto afirma que "essa
acusação falsa, que já circulava antes na internet, repete
o padrão Miriam Cordeiro de
que o então candidato Luiz
Inácio Lula da Silva foi vítima na eleição de 1989".
Trata-se de uma referência
ao testemunho dado por uma
ex-namorada de Lula, Miriam Cordeiro, no programa
eleitoral do então candidato
Fernando Collor de Mello.
Ela disse que Lula ofereceu dinheiro para que ela
abortasse da filha de ambos,
Lurian. Depois, Lurian defendeu o pai, também na TV.
A nota do PSDB diz que a
acusação de que Monica teria
feito um aborto dá "continuidade ao jogo sujo que tem caracterizado a presente campanha desde que um núcleo
do PT, montado para fazer
dossiês contra o candidato
tucano à Presidência, foi descoberto em Brasília".
"Primeiro eles atacaram a
filha de José Serra. Depois
atacaram o seu genro. Agora
eles agridem a sua mulher,
Monica, que tem a irrestrita
solidariedade, amor e respeito de seu marido, de seus filhos, netos e de milhões de
brasileiros", conclui a nota.
Uma das alunas de Monica
no curso da Unicamp, Sheila
Canevacci Ribeiro, 37, postou uma mensagem na rede
social Facebook em que contou a história, confirmada
depois em entrevista ao jornal. Outra ex-colega de curso
confirmou o relato à Folha,
sob condição de anonimato.
Sheila afirmou que decidiu revelar a suposta conversa depois que Monica disse,
há um mês, no Rio, que Dilma Rousseff (PT), que já defendeu a descriminalização
do aborto, seria a favor de
"matar criancinhas", segundo a Agência Estado.
Antes de publicar a reportagem, a Folha procurou Monica durante dois dias, mas
não obteve resposta.
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