São Paulo, segunda-feira, 18 de abril de 2011

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NELSON DE SÁ - nelsonsa@uol.com.br

EUA e a inflação emergente

Ontem no "New York Times", reproduzido abaixo, "Brasileiro critica políticas de nações ricas", com foto de Guido Mantega. Ele criticou países "como os EUA" por imprimir dinheiro com relaxamento quantitativo e por manter os juros baixos, "buscando resolver seus problemas à custa do mundo em desenvolvimento". Alexandre Tombini, do Banco Central, fez o mesmo na Brookings, em Washington, ao dizer que a inflação se deve às "diferentes velocidades" no mundo -com as "políticas nas economias desenvolvidas" levando a "liquidez sem precedentes". Foi alusão, sublinhou o MarketWatch, ao relaxamento quantitativo dos EUA.

 

Na manchete do "Financial Times", sábado, "Sobe inflação dos emergentes". A China não segura a alta "apesar do aperto mais agressivo em anos". E os EUA, sublinha o jornal, não dão sinal de elevar seus juros.

newsstand.com


//EUA VS. CHINA, NO PRÉ-SAL
No "FT", "EUA e China competem pelo petróleo do Brasil". O correspondente Joe Leahy avalia que a viagem de Obama ao Brasil buscou garantir acesso às "maiores descobertas da história no mar -e numa democracia estável". E que o mais importante da viagem de Dilma à China foi "a corte da Sinopec à Petrobras", garantindo acesso não só ao pré-sal, mas aos campos do Nordeste.
Os acordos foram destaque nas revistas "Oil & Gas" e "Upstream". O que antes era quintal, escreve Joe Leahy, "está virando palco para o próximo combate entre os dois gigantes".

E nas finanças O "FT" publica hoje especial sobre os projetos do banco americano JP Morgan Chase no Brasil, onde já comprou o fundo Gávea, administrado por Armínio Fraga, e planeja dobrar a equipe, expandindo sua presença de três para cinco cidades. Anota que Goldman Sachs e Morgan Stanley vêm fazendo o mesmo. E o Banco Central confirma que o ICBC vai abrir agência, diz o "FT": "Os bancos chineses estão ansiosos por entrar no comércio crescente do país com o Brasil".

Berlim vs. Pequim Durante a viagem de Dilma, o iG noticiou que a alemã Fraport desembarcou no Brasil "com interesse especial na concessão dos aeroportos".
E a estatal alemã Deutsche Welle produziu a reportagem "Alemanha e China travam disputa por investimentos no Brasil". Diz que Brasília nunca recebeu "tantas delegações em tão pouco tempo". De Peter Hanf, da Max Bogl, que ambiciona o trem-bala: "Queremos levar ao Brasil mais capacidade, compartilhar nosso know-how".

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DOMÍNIO Em alto de página no "Washington Post", o correspondente Juan Forero envia longa reportagem de Lins, em São Paulo, sobre a JBS, que "domina indústria de carne no mundo, da fazenda ao garfo"

//SALVAS AOS BRICS
O estatal "China Daily" soltou no final da semana o editorial "Brics expectations", trocadilho com "Grandes Esperanças", de Dickens. Sublinha, da declaração dos Brics, o estabelecimento de "um novo modelo" de cooperação global. E aborda de passagem a projeção de que os Brics venham a superar o G7 em duas ou três décadas.
Os jornais indianos, mesmo anotando as diferenças, não ficaram muito atrás. No "Times of India", "A nova ordem". No nacionalista "The Hindu", "Brics seguem em frente".
Em meio a sugestões de que o próximo Bric seja país muçulmano ou do Oriente Médio, até jornais árabes deram editoriais elogiosos ao grupo. No saudita "Arab News", "Para um mundo melhor", propondo "três salvas à convocação dos Brics por uma ordem econômica mais representativa". No "Khaleej Times", dos Emirados Árabes Unidos, "O momento Bric".

//LULA LÁ?
Após o primeiro turno no Peru, que levou para o segundo, em junho, Ollanta Humala à esquerda e Keiko Fujimori à direita, a expectativa era que a centro-direita derrotada apoiaria Fujimori. Foi o que falou Michael Shifter, do Inter-American Dialogue, de Washington, à Bloomberg.
Mas na semana passada o escritor Mario Vargas Llosa disse à TV estatal chilena que pode votar em Humala e sugeriu "alianças que provem que vai governar como Lula". Humala saudou o eventual apoio dizendo que "uma janela se abriu", no peruano "El Comercio", e iniciou no final da semana conversas com os três candidatos derrotados.


Leia mais, pela manhã, em www.todamidia.folha.blog.uol.com.br


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