São Paulo, quarta-feira, 18 de maio de 2011

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Objetivo não é abalar governo, diz Aécio

Um dia depois de Serra dizer que não prejulgará Palocci, Aécio pede serenidade para aguardar esclarecimento

Em eventos públicos, Dilma evitou comentar o episódio; "Estamos saudáveis", disse, sobre a "saúde" do governo

DE BRASÍLIA
DO RIO


Um dos líderes do PSDB e citado como pré-candidato ao Palácio do Planalto em 2014, o senador Aécio Neves (MG) defendeu que a oposição tenha "serenidade" para aguardar os esclarecimentos de Antônio Palocci.
O tucano afirmou esperar explicações, mas disse que a oposição não deseja "desestabilizar o governo".
"Não é nossa intenção criar movimento de desestabilização do governo. Esse é o momento, e essa é a posição majoritária da nossa bancada, de criar as condições para que esses esclarecimentos possam vir a ser dados", disse Aécio.
Afirmando que o ministro têm que prestar esclarecimento não só à oposição, mas à sociedade, Aécio acrescentou: "Ninguém aqui quer prejulgar ninguém. Pessoalmente tenho muito respeito pelo ministro Palocci. Temos que ter serenidade para não prejulgar e firmeza para aguardar os esclarecimentos do ministro. Acho até que ele é o maior interessado."
Anteontem, o ex-governador José Serra disse ver com normalidade uma pessoa ter rendimentos que promovam variação patrimonial.
Outros senadores da oposição, entretanto, endureceram o tom. "Queremos saber o patrimônio, como ele ganhou esse dinheiro", disse o líder do DEM, Demóstenes Torres (GO). No PT, Walter Pinheiro (BA) e Eduardo Suplicy (SP) também defenderam explicações.
Coube a Marta Suplicy (PT-SP) fazer o contraponto. "Não viram quanto o presidente Fernando Henrique e o presidente Lula aumentaram seu patrimônio fazendo palestras por um ano?", questionou a petista.
A presidente Dilma Rousseff evitou ontem comentar o caso. Pela manhã, ela foi abordada por jornalistas, que questionaram inicialmente sua saúde.
Dilma disse que estava na "reta final" da recuperação de uma pneumonia. Depois, foi perguntada sobre a "saúde de Palocci". A presidente disse que ele "está bem". Sobre a "saúde do governo", afirmou: "Nós todos estamos saudáveis. Nós todos estamos bem neste país."


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