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Eleita revela ideia de nomear mulher para Itamaraty
NATUZA NERY
DE BRASÍLIA
A presidente eleita, Dilma
Rousseff, tem revelado a alguns de seus principais interlocutores o desejo de nomear
uma mulher para o Ministério das Relações Exteriores.
A decisão passa pela dificuldade de encontrar um nome para assumir o posto ocupado por Celso Amorim nos
últimos oito anos.
A petista já manifestou sua
vontade ao presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, que não
se colocou, num primeiro
momento, contrário à ideia.
A avaliação geral é que
não há muitas opções na
"prateleira" do Itamaraty.
Dilma quer renovação lá.
Ao menos um nome foi ouvido por mais de um interlocutor: Regina Maria Cordeiro
Dunlop, embaixadora e número 2 da representação brasileira nas Nações Unidas.
Até agora, a aposta mais
frequente é Antonio Patriota,
secretário-geral do ministério e da confiança de Dilma.
A busca por uma mulher
para liderar a diplomacia segue a lógica estabelecida por
Dilma, interessada em aumentar o contingente feminino no comando da pasta.
Ela chegou até a falar em
colocar um terço de mulheres na Esplanada.
A tarefa, porém, é considerada difícil, já que não depende somente do currículo
das candidatas, mas de uma
aprovação dentro das negociações com os partidos que
sustentam o governo.
Dilma também deu outro
indicativo à sua equipe: que
o ministro da Educação, Fernando Haddad, pode continuar à frente da pasta mesmo
após a polêmica do Enem.
Em reunião na Granja do
Torto na noite de segunda,
ela não economizou elogios a
Haddad. Disse que ele é um
dos melhores ministros do
governo.
A única avaliação contra
Haddad feita na ocasião foi a
de que ele não tem interlocução com seu próprio partido,
o PT, que o vê como um ministro arrogante e fechado às
demandas partidárias.
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