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Campanhas de Dilma e Serra devem deixar dívidas de R$ 10 mi
PT conta com novos repasses após vencer nas urnas; PSDB espera ajuda de Alckmin
SILVIO NAVARRO
DE SÃO PAULO
As campanhas da presidente eleita, Dilma Rousseff
(PT), e do candidato derrotado José Serra (PSDB) deverão
deixar dívidas de R$ 10 milhões cada uma para seus
respectivos partidos, segundo integrantes que comandaram as duas candidaturas.
De acordo com dirigentes
ouvidos pela Folha, nenhuma das campanhas conseguirá fechar zerada até o dia
30, prazo para quem disputou o segundo turno prestar
contas à Justiça Eleitoral.
No caso da petista, há dez
dias seus auxiliares trabalham para reduzir o deficit de
cerca de R$ 25 milhões a um
patamar similar ao deixado
pelo presidente Lula em 2006
-R$ 10 milhões.
Segundo petistas, há casos
de doadores que prometeram complementar repasses,
e de outros que surgiriam
após o sucesso nas urnas.
A estimativa de gastos da
campanha é de R$ 170 milhões, sendo R$ 10 milhões
do PMDB. O teto era de R$ 191
milhões. O maior volume de
despesas pendentes é com
material gráfico.
O tesoureiro da campanha, José Filippi Jr., enviou
cartas a potenciais doadores.
Mas, caso não consiga saldar
as contas, o PT pretende utilizar mecanismo similar ao
adotado em 2006, ou seja, assumirá a dívida da campanha -até hoje a sigla paga
débitos da reeleição de Lula.
A "transferência" da dívida é exigência da Justiça Eleitoral porque o CNPJ de campanha é cancelado.
Já a campanha de Serra deverá fechar com deficit "pouco abaixo de R$ 10 milhões",
segundo um dirigente tucano. Se confirmado, o partido
herdará o prejuízo. Em 2006,
as contas do então candidato
Geraldo Alckmin terminaram com deficit de R$ 19,5
milhões -valor já quitado.
A avaliação no comando
tucano é que, eleito governador de São Paulo, será o próprio Alckmin quem ajudará a
sanar as dívidas desta vez. A
expectativa recai sobre empreiteiras interessadas em
obras no governo paulista e
nos demais Estados que serão administrados pela sigla.
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