São Paulo, terça-feira, 19 de abril de 2011 |
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JANIO DE FREITAS Os lucros do atraso
A FACILITAÇÃO DAS licitações para as obras públicas da Copa, a que o governo e os interessados dão o nome menos ácido de flexibilização, ainda nem está formulada e já é um fator de aumento dos custos de tais obras para os cofres públicos. E da conveniência, para as empresas e para determinado tipo de contratante, de maior atraso das providências para as obras. Por se tratar de alterações na lei que rege (ou aparentar reger) as licitações, a facilitação precisará ser aprovada por Câmara e Senado, seja formulada por medida provisória ou por projeto. Já é uma garantia de demora a mais. E toda demora resulta em aumento do custo a ser bancado pelos cofres públicos, a pretexto dos maiores gastos das empreitadas forçados pela redução do prazo para a obra. Cada acréscimo, é da praxe conhecida, leva ainda ao que um tecnocrata chamaria, com o cuidado verbal da classe, de "um plus". E tome de subir preços. O bom negócio é atrasar. As obras públicas para a Copa proporcionam uma graciosidade especial. Já está à disposição de Estados e municípios a inclusão, no Projeto Copa, de obras que, a rigor, nada têm com isso. Incluídas, passam a oferecer as condições facilitadas de licitação. Ou seja, menos riscos de escândalos e problemas com tribunais de contas e com a Controladoria-Geral da União. Mas com as mesmas possibilidades consagradas na relação entre empreiteiras e poder público. As facilidades são particulares, as dificuldades são públicas -de quem paga os impostos. A VER O assédio de Nicolas Sarkozy aos muçulmanos da França proíbe-os de orar nas ruas e praças, com o argumento de que o Estado é laico. Seria interessante vê-lo reprimir os franceses em procissões, missas campais ou na manifestação religiosa e pública do sinal da cruz usuais na passagem de católicos diante de igrejas. PENEIRAS A redução da vigilância nas fronteiras por decorrência do corte de verbas da Polícia Federal, conforme informado à Folha, é uma boa alegação para as entradas de armas, cigarros falsificados e outros contrabandos. As atuais e as do ano. Mas continua faltando a alegação para o mesmo e incessante contrabando enquanto as verbas estavam por inteiro. A FONTE As bombas e os foguetes de fragmentação são de uso proibido, por não limitarem seus efeitos a alvos determinados. Seu uso é criminoso. E Gaddafi está acusado de usá-los contra a cidade de Misrata. A origem dos foguetes não está esclarecida, e as fotos e os vídeos que mostram alguns deles permitem ver pedaços de inscrições. Talvez sejam interpretáveis por entendidos, o que seria proveitoso em qualquer caso. O Brasil incluiu-se nos países que estiveram exportando esses petardos. Texto Anterior: Lula gastou mais que FHC com publicidade no fim do mandato Próximo Texto: Lula inicia escolha de candidatos para 2012 Índice | Comunicar Erros |
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