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PRESIDENTE 40 ELEIÇÕES 2010
Guerra vira "curinga" para vice de Serra
Presidente do partido, senador é o nome escalado para assumir o papel, se negociações com o PP fracassarem
Tucanos tentavam até
a última hora atrair o partido para a chapa; Guerra tem boa acolhida entre partidos aliados
CATIA SEABRA
DE SÃO PAULO
O presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), está escalado como curinga para a chapa do tucano José Serra à Presidência. A intenção do comando da campanha era,
ainda ontem, insistir numa
aliança formal com o PP, de
Francisco Dornelles (RJ).
Mas o comando da campanha foi informado da disposição do PP de neutralidade na
campanha presidencial.
Mantida essa decisão do
PP e fracassadas as negociações, Guerra surge como alternativa pacificadora dentro
do PSDB. Ele pode ser acionado ou dispensado nos 45
minutos do segundo tempo,
sem que isso gere uma crise
política. Seu nome também
encontra acolhida no DEM.
Nordestino, Guerra foi o
responsável pela costura de
acordos regionais, o que lhe
rendeu trânsito com os aliados. Sua indicação aconteceria, porém, apenas no fim do
mês, após negociação com os
democratas, desde que não
haja percalços até lá.
No PSDB, há quem defenda outros nomes. Atribui-se
ao senador Tasso Jereissati,
por exemplo, a defesa da presidente do Flamengo e vereadora Patrícia Amorim. Mas o
nome de Guerra ganha força
entre os principais interlocutores de Serra.
RIO
No Rio, um conflito entre
integrantes dos diretórios nacional e fluminense do PSDB
provocou um racha no apoio
tucano à candidatura do deputado Fernando Gabeira
(PV) ao governo do Rio um
dia antes da convenção da
aliança PV-PSDB-PPS-DEM.
O Diretório Nacional do
PSDB articulou durante todo
o dia para adiar sua convenção no Rio, prevista para ser
realizada hoje, em Niterói. A
proposta tinha o apoio do
presidente regional do partido, José Camilo Zito, mas encontrava resistência da maioria dos tucanos fluminenses.
A medida tinha como objetivo ganhar tempo para convencer o PPS a abrir mão da
briga pelo Senado para incluir um nome do PSDB na
vaga. Os tucanos creem que é
importante a exposição de
um candidato da sigla no Estado para ajudar a campanha
de Serra à Presidência.
"Os aliados deveriam perceber como é importante para o projeto nacional", disse
Zito. Os demais integrantes
do diretório regional defendiam a manutenção do encontro, deixando em aberto a
vaga de vice de Gabeira, até
então destinada a Márcio
Fortes (PSDB).
Colaborou ITALO NOGUEIRA, do Rio
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