São Paulo, sábado, 19 de junho de 2010

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PRESIDENTE 40 ELEIÇÕES 2010

Guerra vira "curinga" para vice de Serra

Presidente do partido, senador é o nome escalado para assumir o papel, se negociações com o PP fracassarem

Tucanos tentavam até a última hora atrair o partido para a chapa; Guerra tem boa acolhida entre partidos aliados


CATIA SEABRA
DE SÃO PAULO

O presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), está escalado como curinga para a chapa do tucano José Serra à Presidência. A intenção do comando da campanha era, ainda ontem, insistir numa aliança formal com o PP, de Francisco Dornelles (RJ). Mas o comando da campanha foi informado da disposição do PP de neutralidade na campanha presidencial.
Mantida essa decisão do PP e fracassadas as negociações, Guerra surge como alternativa pacificadora dentro do PSDB. Ele pode ser acionado ou dispensado nos 45 minutos do segundo tempo, sem que isso gere uma crise política. Seu nome também encontra acolhida no DEM.
Nordestino, Guerra foi o responsável pela costura de acordos regionais, o que lhe rendeu trânsito com os aliados. Sua indicação aconteceria, porém, apenas no fim do mês, após negociação com os democratas, desde que não haja percalços até lá.
No PSDB, há quem defenda outros nomes. Atribui-se ao senador Tasso Jereissati, por exemplo, a defesa da presidente do Flamengo e vereadora Patrícia Amorim. Mas o nome de Guerra ganha força entre os principais interlocutores de Serra.

RIO
No Rio, um conflito entre integrantes dos diretórios nacional e fluminense do PSDB provocou um racha no apoio tucano à candidatura do deputado Fernando Gabeira (PV) ao governo do Rio um dia antes da convenção da aliança PV-PSDB-PPS-DEM.
O Diretório Nacional do PSDB articulou durante todo o dia para adiar sua convenção no Rio, prevista para ser realizada hoje, em Niterói. A proposta tinha o apoio do presidente regional do partido, José Camilo Zito, mas encontrava resistência da maioria dos tucanos fluminenses. A medida tinha como objetivo ganhar tempo para convencer o PPS a abrir mão da briga pelo Senado para incluir um nome do PSDB na vaga. Os tucanos creem que é importante a exposição de um candidato da sigla no Estado para ajudar a campanha de Serra à Presidência.
"Os aliados deveriam perceber como é importante para o projeto nacional", disse Zito. Os demais integrantes do diretório regional defendiam a manutenção do encontro, deixando em aberto a vaga de vice de Gabeira, até então destinada a Márcio Fortes (PSDB).

Colaborou ITALO NOGUEIRA, do Rio



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