São Paulo, segunda-feira, 19 de julho de 2010

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Toda Mídia

NELSON DE SÁ - nelsonsa@uol.com.br

Clamor

Na "Newsweek", "Um clamor por continuidade no Brasil". Diz ser "sinal do amadurecimento que toma a América Latina". E "responsabilize o Brasil", com o compromisso mantido por Lula de "jogar pelas regras de mercado", o que "deixou pasmos os céticos". Para o "guru" em emergentes Mark Mobius, "ninguém, nos sonhos mais loucos, poderia imaginar que Lula se comportaria assim". Para a revista, "liderados por uma crescente classe média, os eleitores não devem tolerar qualquer tipo de aventura". A Bloomberg TV ouviu um economista do Barclays sobre a eleição, em vídeo postado até no "Washington Post". Da âncora, "a economia se expande rápido, o PIB pode crescer 7%, mas o que vai acontecer quando Lula sair?". A resposta foi que Dilma Rousseff e José Serra diferem pouco. "Mas de quem o mercado gosta mais?", insistiu a âncora. Resposta, "o mercado não está realmente prestando atenção".
bloomberg.com/TV
"O que vai acontecer quando Lula sair?", na Bloomberg

// VITAMINA
Na Reuters Brasil, Lula em comício: "Vocês veem os jornais, TV, escutam rádio... há uma premeditação para me tirar da campanha, para não permitir que eu ajude a companheira Dilma". Citou "uma procuradora qualquer aí".
Já o marqueteiro João Santana disse ao "Globo" que "Lula é vitamina a ser usada com equilíbrio". E a "Veja" 0:00\Eleições 2010 informou que Lula "será seletivo nos programas dos aliados. Quanto a Dilma, nem se discute: aparecerá em todos".

meiahora.terra.com.br
EM SP
Segundo a Veja.com, o tabloide "Meia Hora" estreia hoje sua versão paulistana. No Rio, o jornal publica a coluna de Lula

// PESOS E MEDIDAS
Sexta nos jornais, a procuradora-geral eleitoral falou que o elogio de Lula a Dilma, num evento oficial, "pode gerar cassação". Mas a Folha mostrou que o governador Alberto Goldman elogiou Serra até mais. Sábado, a procuradora falou que "não pode dizer as coisas boas que Serra fez, está indicando que Serra é a pessoa ideal para governar o país" _e nada de cassação. Até Dilma reagiu, declarando à Folha.com que a Justiça não pode ter "dois pesos e duas medidas".
Ontem nos sites, o TSE arquivou mais uma representação contra Serra, justificando com a "apresentação tardia de mídia que comprovaria propaganda antecipada". A representação era da procuradora.

// JUROS EM ANO ELEITORAL
O Radar destacou para a semana que Henrique Meirelles quer seguir "na vida pública a partir de 2011" e tem dois desafios: economia sem sobressaltos até lá e "o triunfo de Dilma". Na quarta saem os juros.
Pesquisa Dow Jones com analistas apontou 0,75 pontos de alta. Mas depois as apostas sobre juros futuros sofreram "a maior queda em 11 meses", noticiou a Bloomberg, pois a inflação desacelerou mais do que os analistas esperavam. Em suma, "diminuiu a pressão sobre o Banco Central para aumentar os juros".

// LIÇÕES ÚTEIS
Em editorial, o "Financial Times" saúda o "declínio da desigualdade na América Latina" e vê "lições úteis para outros", citando China e Índia. Vê duas causas. "Primeiro, a ascensão de programas de transferência como o Bolsa Família do Brasil", que chegou a 17 países. "Segundo, melhor cobertura de educação primária e secundária."
Avisa que, "mesmo com taxas impressionantes, o Brasil levará duas décadas para baixar a desigualdade a níveis mundiais".

Vanderlei Almeida/boston.com
AO MUNDO
Em longo especial do "Boston Globe", "Aqui está uma ideia para ajuda internacional: apenas deem o dinheiro". Mais uma vez, o modelo usado é o "programa de transferência do Brasil, Bolsa Família"

// E SE?
Ontem na manchete de "O Dia", que revelou a história há três semanas, "Suspeito do crime, Macarrão afastou Bruno dos amigos, empresário e esposa oficial". O amigo "tinha uma obsessão: afastar todos os que o rodeavam". Seria "ciúme doentio".
À noite, a Globo "teve acesso ao vídeo" de uma "conversa informal" do goleiro, durante voo do Rio para Belo Horizonte. Ele diz que se surpreendeu com o bebê nas mãos do amigo _que justificou ter pago para Eliza Samudio entregar o filho e ir "embora". "Não sei o que deu na cabeça dele", declara Bruno, quase duas semanas atrás. "Hoje, com todos os fatos, é difícil acreditar nele... Eu estou chocado."


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@ - Nelson de Sá


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