São Paulo, terça-feira, 19 de julho de 2011

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OUTRO LADO

Superintendente diz que não pode impedir parente de ter sua empresa

DE BRASÍLIA

O superintendente do Dnit em Mato Grosso, Nilton de Brito, disse que "não pode impedir" seu irmão de trabalhar como empreiteiro.
"Ele é engenheiro, tem empresa há muito tempo, já trabalhava com o Dnit, não posso impedi-lo de trabalhar. Eu não tenho vínculo com ele, sou funcionário público."
Brito disse não ter avisado o ministro Paulo Sérgio Passos do fato: "Não vi necessidade". Brito diz que sua mulher declara à Receita a empresa Tocantins, que atua no Minha Casa, Minha Vida.
"Essa empresa nós herdamos de nosso pai. Eu, por força de que sou um servidor, não botei em meu nome, botei em nome de minha esposa. Essa empresa não tem nenhum contrato público, é empresa de incorporação."
O dono da Engeponte, Milton de Brito, diz que o cargo do irmão só o "atrapalha".
"A verdade é a seguinte: eu sempre trabalhei nisso [obras]. Meu irmão pega e aceita cargo. Por mim ele não aceitaria cargo nenhum. Por mim eu queria mais que ele fosse para o olho da rua, porque ele só me atrapalha." Diz que os contratos são pequenos: "Se fosse me locupletar com isso eu deveria ter uns R$ 100 milhões de contrato".
O diretor-geral do Dnit, Luiz Antonio Pagot, que nomeou Brito, por duas vezes desligou o telefone quando a Folha tentava lhe fazer perguntas: "Vai ter um momento de falar. Não agora". (RV)


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