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PRESIDENTE 40 ELEIÇÕES 2010
Estreia na TV abre crise na campanha de Marina
Programa foi "desastre ecológico", afirma coordenador Alfredo Sirkis
Críticas geram mal-estar na cúpula verde; vice cobra mudanças e reconhece que senadora precisa aparecer mais
BERNARDO MELLO FRANCO
DE SÃO PAULO
O programa de estreia de
Marina Silva no horário eleitoral gratuito abriu uma crise
no PV. Coordenador da campanha no Rio, o presidente
regional do partido, Alfredo
Sirkis, definiu a peça como
um "desastre ecológico".
Ele cobrou mudanças publicamente, em seu blog.
"Não estamos numa situação
que nos permita cometer erros básicos de comunicação
política", escreveu Sirkis,
que coordenou a campanha
nacional até junho.
O vice Guilheme Leal admitiu a repercussão negativa
e defendeu alterações na linha da propaganda. A estreia
exibiu imagens ecológicas e
limitou a aparição da senadora a quatro segundos.
Para o empresário, a imagem de Marina precisa ser
mais usada a partir de hoje,
no segundo dia de campanha presidencial na TV. "Foi
só um start", justificou, referindo-se à estreia.
Na avaliação de Sirkis, a
peça inicial fez a candidata
encolher diante dos adversários Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), que já têm
mais tempo no ar.
"Nos ananicamos por um
dia. Fizemos pés de chumbo
para os dois grandes", disse.
"Como puderam escondê-la
no programa de estreia? Como concordar com isso?"
Ele também criticou a insistência no tema ambiental,
no momento em que Marina
tenta exibir conhecimento
sobre outros assuntos, como
educação e segurança.
A peça seria "um bom documentário para o National
Geographic", mas "jamais
um programa inicial", disse.
Na saída do debate Folha/UOL, a presidenciável
tentou atenuar as críticas:
"Apareci pouco para mostrar
o tamanho do problema".
Colaborou BRENO COSTA, de São Paulo
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