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Segundo voto ajuda Lindberg, diz especialista
Apoio de Lula e Cabral daria a petista mais votos entre eleitores de adversários no RJ
ITALO NOGUEIRA
DO RIO
Ao convergir o apoio do
presidente Luiz Inácio Lula
da Silva e do governador Sérgio Cabral (PMDB), Lindberg
Farias (PT) é o principal beneficiado pelo segundo voto
no Rio, avalia o cientista político Marcus Figueiredo.
Os padrinhos do petista o
vinculam a Marcelo Crivella
(PRB), líder nas pesquisas
apoiado por Lula, e a Jorge
Picciani (PMDB), deputado
com capilaridade no interior
e empenho de Cabral.
Nesta semana, os candidato de PT e PMDB selaram
aliança. Mesmo sendo da
mesma coligação, os dois
não se falavam por problemas pessoais e políticos. O
ex-prefeito de Nova Iguaçu
conta agora com a estrutura
do peemedebista no interior.
Integrantes da campanha
petista avaliam que conseguem também o segundo voto dos evangélicos ligados a
Crivella. A vinculação com
Lula ajudaria na dobradinha, o que fez a campanha
do ex-prefeito comemorar a
autorização dada pela Justiça Eleitoral ao senador do
PRB de usar a imagem do
presidente na TV.
Figueiredo faz a mesma
avaliação. "É um jogo duplo
que ele pode fazer. Isso pode
fazer o Lindberg explodir".
Para reforçar o vínculo, o
petista tem abordado sua ligação com a religião em sua
campanha. No programa de
TV de sexta, citou Deus duas
vezes e a Bíblia, uma.
Tentando carona na ascensão do petista, Picciani
buscou se reaproximar do
companheiro de chapa.
"Tínhamos que fazer primeiro campanha sozinho para deixar claro nossos atributos. Nossas pesquisas mostram que podemos nos ajudar muito", disse Picciani.
Na análise de Figueiredo,
porém, ele tem dificuldades
na capital em razão da "rejeição da máquina do PMDB".
Isolado, Crivella busca seu
tradicional público evangélico para se manter no topo. Na
TV, pede ainda o segundo voto de petistas, vinculando-se
a Lindberg, sem citá-lo.
"O Crivella muitas vezes
cai, mas tem uma base segura de 20% dos votos, o que é
muita coisa", diz Figueiredo.
Cesar Maia (DEM), por sua
vez, apela ao "equilíbrio" dos
eleitores para conquistar dobradinha com a base governista. Ele aposta na divulgação do risco de "chavismo
verde-amarelo" e a necessidade de oposição no Senado
para impedir mudanças radicais na Constituição.
Para Marcus Figueiredo, a
estratégia do candidato do
DEM é "muito complexa" para o eleitorado.
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