São Paulo, domingo, 19 de setembro de 2010

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Segundo voto ajuda Lindberg, diz especialista

Apoio de Lula e Cabral daria a petista mais votos entre eleitores de adversários no RJ

ITALO NOGUEIRA
DO RIO

Ao convergir o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do governador Sérgio Cabral (PMDB), Lindberg Farias (PT) é o principal beneficiado pelo segundo voto no Rio, avalia o cientista político Marcus Figueiredo.
Os padrinhos do petista o vinculam a Marcelo Crivella (PRB), líder nas pesquisas apoiado por Lula, e a Jorge Picciani (PMDB), deputado com capilaridade no interior e empenho de Cabral.
Nesta semana, os candidato de PT e PMDB selaram aliança. Mesmo sendo da mesma coligação, os dois não se falavam por problemas pessoais e políticos. O ex-prefeito de Nova Iguaçu conta agora com a estrutura do peemedebista no interior.
Integrantes da campanha petista avaliam que conseguem também o segundo voto dos evangélicos ligados a Crivella. A vinculação com Lula ajudaria na dobradinha, o que fez a campanha do ex-prefeito comemorar a autorização dada pela Justiça Eleitoral ao senador do PRB de usar a imagem do presidente na TV.
Figueiredo faz a mesma avaliação. "É um jogo duplo que ele pode fazer. Isso pode fazer o Lindberg explodir".
Para reforçar o vínculo, o petista tem abordado sua ligação com a religião em sua campanha. No programa de TV de sexta, citou Deus duas vezes e a Bíblia, uma.
Tentando carona na ascensão do petista, Picciani buscou se reaproximar do companheiro de chapa.
"Tínhamos que fazer primeiro campanha sozinho para deixar claro nossos atributos. Nossas pesquisas mostram que podemos nos ajudar muito", disse Picciani.
Na análise de Figueiredo, porém, ele tem dificuldades na capital em razão da "rejeição da máquina do PMDB".
Isolado, Crivella busca seu tradicional público evangélico para se manter no topo. Na TV, pede ainda o segundo voto de petistas, vinculando-se a Lindberg, sem citá-lo.
"O Crivella muitas vezes cai, mas tem uma base segura de 20% dos votos, o que é muita coisa", diz Figueiredo.
Cesar Maia (DEM), por sua vez, apela ao "equilíbrio" dos eleitores para conquistar dobradinha com a base governista. Ele aposta na divulgação do risco de "chavismo verde-amarelo" e a necessidade de oposição no Senado para impedir mudanças radicais na Constituição.
Para Marcus Figueiredo, a estratégia do candidato do DEM é "muito complexa" para o eleitorado.


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