São Paulo, sexta-feira, 20 de maio de 2011

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NELSON DE SÁ - nelsonsa@uol.com.br

O FMI visto dos EUA

No "New York Times", "Europa e emergentes competem para preencher vaga no FMI". Ouve "políticos de toda a Europa" em apoio à francesa Christine Lagarde e "autoridades das potências emergentes", citando a chancelaria chinesa e Guido Mantega, cobrando representação e meritocracia. Diz não ter "pistas sobre quem os EUA podem apoiar", mas que uma autoridade do FMI "prevê algum acordo" e que, "num dos cenários", Lagarde cumpre o resto do mandato de Strauss-Kahn, até outubro de 2012, "e entrega rédeas a um nome de mercado emergente".
No "Wall Street Journal", "Cresce a batalha pela sucessão no FMI". Sobre a posição americana, arrisca que o secretário do Tesouro "provavelmente apoiaria" Lagarde, mas sublinha que o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, questionado se o processo será "mais transparente e baseado em mérito", respondeu: "Eu tenho certeza que sim".

Baker & "NYT" e "WSJ" destacaram, de Christine Lagarde, que ela comandou o escritório de advocacia americano Baker & McKenzie entre 1999 e 2004, culminando sua longa carreira como "advogada de corporações", e morou nos EUA por 25 anos, com "inglês fluente".

McKenzie Em especial sobre advocacia, a "Economist" ressaltou que o Baker & McKenzie, "maior escritório do mundo", encabeça a globalização -e escolheu como "novo chefe" o brasileiro Eduardo Leite, "a primeira pessoa de um Bric a liderar firma tão grande".

//CHINA SE MOVE
Na manchete on-line do estatal "China Daily", "Esquenta debate sobre sucessor no FMI". Logo abaixo, "Liderança do Fundo deve refletir emergentes". Era declaração do presidente do banco central chinês, Zhou Xiaochuan, para quem "a estrutura de alto nível do FMI deveria refletir melhor as mudanças no traçado econômico global". Outro texto pergunta: "Economista chinês para substituir Strauss-Kahn?".
No "Global Times", mais nacionalista: "É hora de acabar com o controle ocidental sobre o FMI".

Japão, também EUA, Japão e China são os países com mais voto no FMI, anota o "NYT". E o Japão também veio a público, ontem por jornais e agências, cobrar transparência e mérito na escolha. "Como concordado no G20", disse o ministro das finanças, Yoshihiko Noda.

Até Tombini No site do "WSJ", "Tombini, do Brasil: Escolha precisa de processo amplo". Mais importante do que um nome, segundo o presidente do Banco Central, "é apoiar o princípio de uma seleção muito transparente e ampla", baseada no mérito. "É hora de abrir."

economist.com
AO NORDESTE Reportando de "Pecém, Ponta da Madeira, Salgueiro e Suape", a "Economist" destaca que o Nordeste "recupera terreno aceleradamente" e "está reduzindo a lacuna com o próspero Sul"

Doug Mills/nytimes.com
JANELA Procurando explicar a "revolução" nos países árabes, Obama discursou que "a TV por satélite e a internet abriram uma janela para o mundo -um mundo de progresso assombroso em lugares como Índia e Indonésia e Brasil"

//1967
A CNN, ao fechar a transmissão do discurso, enfatizou a falta de menção à Arábia Saudita -e foi só.
A cobertura nos EUA focou Israel e Palestina. Manchete on-line de "NYT", "WP" e outros, "Obama apoia acordo baseado nas fronteiras de 1967". Mas logo o mesmo "NYT" trazia na submanchete que "Netanyahu é contra". E o "WSJ" surgiu com a chamada "Doadores judeus advertem Obama sobre Israel".

//"BLAME WOODSTOCK"
O "NYT" deu na capa que "Estudo da Igreja Católica cita cultura dos anos 60 como causa do abuso dos padres", negando pedofilia de seus integrantes.
O jornal observa que a explicação "culpe Woodstock" é insinuada pelos bispos americanos desde 2002 e pelo papa Bento 16 desde 2010, quando o escândalo chegou à Europa.
Em editorial criticando as novas "diretrizes" do Vaticano aos padres, o "NYT" vê "tentativa bizarra de racionalização sociológica".


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