São Paulo, terça-feira, 20 de julho de 2010 |
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Toda Mídia NELSON DE SÁ - nelsonsa@uol.com.br Épico
O "Washington Post" se reergueu ontem com uma radiografia da "América top secret". Na manchete, "Um mundo escondido, crescendo além do controle". Em suma, "O governo fez um sistema de segurança nacional tão grande, complexo e difícil de gerenciar que ninguém sabe se está cumprindo seu propósito: manter os cidadãos seguros". Entre outros dados do "mundo de segredo criado em reação aos ataques de 11 de Setembro", o "WP" contou 1.271 organizações estatais e 1.931 privadas contra o terrorismo. Em 10.000 escritórios pelos EUA, analistas fazem 50.000 relatórios sobre "documentos e conversas" por ano, "volume tão grande que muitos são rotineiramente ignorados". Ecoou por sites, mas o "New York Times" escondeu. A "Economist" abriu manchete on-line e chamou de jornalismo épico, na linha das denúncias contra o "complexo militar industrial" dos anos 50. Mas com "menos apelo político", nos EUA de hoje. ARMAS AOS BRICS "Financial Times", "NYT" e outros noticiaram que "a maior empresa de defesa da Europa", a EADS, quer acelerar vendas para países como Brasil e Índia devido ao corte nos gastos militares de EUA e Europa. Aqui, "os gastos cresceram 23% em 2009". Na Índia, 35%. "São emergentes, são grandes mercados", diz um executivo da empresa. Mas os contratos "agora vêm com apêndices que obrigam a investimentos na base industrial" local. "Está claro que o velho conceito de exportação não vai se manter", diz a EADS, que faz os aviões Airbus. Como ela, a americana Boeing, após os cortes do Pentágono, "também está buscando agressivamente as vendas globais". Halliburton vem aí O Huffington Post deu que a Halliburton, multinacional que era dirigida pelo ex-vice-presidente Dick Cheney e atua em defesa e segurança, inclusive no Iraque, agora "impulsiona a prospeção em alto mar no Brasil". Foi o que anunciou o atual presidente, a investidores. A Halliburton trabalhava com a plataforma Deepwater Horizon, quando ela explodiu e passou a vazar no Golfo do México. O pré-sal continua O "FT" destaca que Lula abriu a produção comercial do pré-sal, dias atrás, "sem maior fanfarra", em contraste com a "exuberância" de três anos atrás, quando tornou o Brasil "petropotência do dia para a noite". Fala dos custos pós-acidente no Golfo, mas diz que "o Brasil está mais bem preparado que os EUA" nas normas e nos procedimentos criados pela Petrobras após perder a P-36 em 2001. CHINA PASSA EUA Na manchete on-line do "WSJ", ontem ao longo da tarde, "China passa os EUA como maior usuário de energia". Descreve como um "marco", avaliando que reflete o crescimento chinês e o impacto da recessão na economia dos EUA. Para o jornal americano, terá "grandes implicações geopolíticas". Cita, por exemplo, as compras que vem sendo realizadas pela China na América do Sul e por todo o mundo. Também já provoca uma "mudança no foco" da Opep, o cartel dos países produtores de petróleo. TABUS ELEITORAIS No rastro da aprovação do casamento homossexual na Argentina, o espanhol "El País" destaca que no Brasil, "que pode virar a quinta potência econômica do planeta, a política se aferra aos tabus sexuais". Temas como aborto "nem os mais liberais querem abordar". Critica Dilma, "de cultura agnóstica", Serra, "que se diz católico", e a "evangélica" Marina. VÍDEO VAZADO Manchete na Folha.com, "Polícia de Minas afasta delegadas do caso Bruno após vídeo". No UOL, "Delegadas deixam caso após vídeo vazar". E o advogado do goleiro saiu ironizando que a "TV Globo está patrocinando o avião da Polícia Civil". Até no G1, "Delegadas são afastadas". Já na escalada do "JN", que reapresentou o vídeo, nada. Só na reportagem, no meio do programa. Leia mais em www.todamidia.folha.blog.uol.com.br Texto Anterior: No Ceará, Cid Gomes venceria no 1º turno Próximo Texto: Dilma promete criar Prouni para alunos do ensino médio Índice |
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