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Bolsa Família terá R$ 200 mi do Bird
É a segunda parcela cedida pelo Banco Mundial; vai para áreas de controle, contas e registro de beneficiários
Primeira remessa, de
R$ 572 mi, foi feita em
2004; apoio é modesto
diante do orçamento
destinado ao programa
Antônio Cruz - 10.jun.2010/Abr
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A ministra do Desenvolvimento Social, Marcia Lopes, no DF
ANDREA MURTA
DE WASHINGTON
O Banco Mundial (Bird)
anunciou na sexta-feira a
aprovação de um empréstimo de US$ 200 milhões para
o Bolsa Família. É a segunda
fase de um acordo que já ofereceu outros US$ 572 milhões
ao programa em 2004.
O destino do dinheiro é
principalmente gerencial:
será usado para fortalecer
controle, prestação de contas, registro de beneficiários,
avaliação etc. Também deve
ser aplicado em outros programas sociais, especialmente nas áreas de treinamento profissional.
Em plena campanha eleitoral, em que governo e oposição tentam se promover
com promessas de expansão
do Bolsa Família, o anúncio
foi feito em um comunicado
carregado de elogios.
O diretor do banco para o
Brasil, Makhtar Diop, elogiou o papel do programa
não só na redução da pobreza e da desigualdade mas
também como "rede de proteção fundamental para mitigar o impacto de aumentos
nos preços de alimentos e
combustíveis, além do da crise mundial".
O banco diz ainda que o
Bolsa Família é um modelo
exportado para outros países
e serviu de base para um programa de transferência de
renda em Nova York.
Considerando o orçamento do programa, superior a
US$ 13 bilhões (a maior parte
do governo), o apoio do Banco Mundial é modesto.
O Bolsa Família atende hoje a cerca de 12,7 milhões de
famílias e foi um dos responsáveis pelo aumento da participação do Estado na renda
dos brasileiros mais pobres.
Em 2009, do total recebido
pelas famílias com renda per
capita de até R$ 116, 66,2% tiveram origem no trabalho,
5,8% em aposentadorias e
pensões e 28% vieram de outras fontes, sobretudo de programas de transferência de
renda, segundo o IBGE.
Há dez anos, apenas 4,4%
eram fruto de outras fontes.
Economistas destacam,
porém, que a renda do trabalho é o principal responsável
pela queda da desigualdade.
A renda do trabalho corresponde a 76% da renda média
percebida pelo brasileiro.
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