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NELSON DE SÁ - nelsonsa@uol.com.br
E o real cai
Na manchete do Valor Online no fim do dia, "Dólar
sobe, refletindo cena externa e alta do Imposto sobre
Operações Financeiras". E da Reuters Brasil, "Juro na
China turbina reação a IOF e dólar sobe".
A elevação do juro chinês foi manchete on-line do
"China Daily" e de outros a partir da tarde. Antes,
"Wall Street Journal" e agências já destacavam a alta
"brusca" do dólar no Brasil, creditando à decisão do
ministro Guido Mantega de elevar o IOF.
Além de China e IOF, MarketWatch e outros sites
ressaltaram, para a recuperação do dólar, a promessa
do secretário Timothy Geithner de não desvalorizar a
moeda americana, contradizendo o Fed.
Forte demais O "WSJ"
deu em reportagem que "o
governo brasileiro enviou
um sinal forte" com a elevação do IOF, "talvez forte demais, dizem alguns", citando
economistas de bancos e corretoras. Em coluna de mercado, avaliou que o "Brasil flerta com o perigo".
Em bloco O mesmo
"WSJ" noticiou que a "preocupação diante da notícia de
que o Brasil aumentou" o IOF
levou ontem à queda do won,
a moeda sul-coreana. Segundo o "Financial Times", o
país também "planeja controles de capital". E não está
sozinho. Segundo o "WSJ", a
África do Sul ameaça seguir o
exemplo do Brasil.
Não é bilateral O noticiário sobre a "guerra cambial" já escapa da cobertura
financeira e avança pelo
"New York Times", que sublinhou ontem a ameaça que
o "fluxo de dinheiro" representa para os emergentes.
"Não é mais um debate bilateral entre EUA e China", falou ao jornal um economista
asiático do HSBC.
"Guerre" Também o
francês "Le Monde" destacou que "Os países emergentes tentam lutar contra o afluxo maciço de capitais", principalmente na Ásia e na
América do Sul, apontando
que a expressão "guerre des
monnaies" foi lançada pelo
brasileiro Mantega.
//"GIVE PEACE A CHANCE"
Sob o enunciado "Dê
uma chance à paz", o "WSJ"
postou artigo de Katie Martin, esperançosa de que
EUA e China cheguem a um
acordo cambial no G20, em
novembro na Coreia do Sul.
Ela lamenta que o Brasil tenha desistido de comparecer com Guido Mantega e
Henrique Meirelles.
Na "Foreign Policy", Daniel W. Drezner também lamentou, mas avisando que
não é "hipocrisia de Mantega", desistir do G20, "e sim
algo pior: a avaliação, pelos
comandantes da política do
Brasil, de que ganham mais
ficando em Brasília para
conter a onda de capitais do
que indo a Seul buscar uma
saída multilateral para a
atual falta de coordenação
macroeconômica".
E no "FT" Michael Hudson alertou para o risco de
uma "era dos controles de
capital" e, pior: "A ameaça
real é um mundo dividido
em dois blocos concorrentes, um centrado no dólar,
outro nos Brics Brasil, Rússia, Índia e China".
"Quando o ministro da Fazenda do
Brasil falou de uma guerra cambial iminente
não estava muito distante da realidade."
GEORGE SOROS
investidor, ontem em artigo sobre as ameaças à economia, na nova edição
do "New York Review of Books"
//O AUSTERO E A FAVORITA
O "FT", na coluna Lex,
postou que o Brasil tem "alternativa" contra a alta no
câmbio: o corte de gastos,
"que está sendo defendido
pelo candidato de direita,
José Serra". Suas chances,
antes "desprezíveis, agora
são somente pequenas",
ainda que graças "mais ao
aborto que ao orçamento".
De todo modo, os eleitores,
"se se acharem prontos",
podem escolher "um governo mais austero".
Já a "Foreign Policy", em
post do grupo Eurasia, consultoria de estratégia para
multinacionais, avisa que
Dilma "permanece a clara
favorita" e "é muito improvável" que Serra consiga tirar os votos necessários da
própria adversária.
washingtonpost.com
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AO FUTURO
O "Washington Post" entrevistou Oscar Niemeyer, sob o enunciado "Aos 102, o mais notável arquiteto brasileiro celebra as conquistas passadas e olha para o futuro". Ele apontou o Congresso como sua obra preferida em Brasília
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