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Lupi descarta mínimo de R$ 600 em 2011
SOFIA FERNANDES
DE BRASÍLIA
O governo federal entrou
em campo para rebater a promessa de José Serra de elevar, já em 2011, o salário mínimo para R$ 600.
O ministro do Trabalho,
Carlos Lupi, afirmou ontem
que é impossível para o próximo presidente fazer um
reajuste desse porte no ano
que vem, e que o mínimo será
de R$ 606,98 em 2012, "independente de qualquer candidato, por força da lei".
O projeto de orçamento
para o próximo ano prevê um
salário mínimo de R$ 538,
que servirá de base também
para aposentadorias, pensões e outros benefícios.
Vai entrar em vigor a partir
de janeiro, e deve ser decidido ainda este ano por Lula.
Embora o aumento esteja
previsto para 1º de janeiro, o
próximo presidente pode, se
quiser, editar medida provisória dando reajuste maior.
A previsão do ministro para 2012 leva em consideração
crescimento de 8% da economia em 2010 e inflação de 5%
em 2011, fatores que entram
no cálculo do mínimo.
"Esse salário vai ser maior
do que aqueles que prometem e não podem fazer", provocou Lupi, filiado ao PDT.
Questionado se estava fazendo campanha, disse: "Estou na campanha antes do
PT. O primeiro partido que
oficializou apoio foi o PDT.
Mas aqui estou apenas fazendo uma comparação".
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