São Paulo, sábado, 21 de maio de 2011

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Mantega descarta novas ações para frear crescimento

MARIANA CARNEIRO
DE SÃO PAULO

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ontem que a economia brasileira caminha mais lentamente e que novas ações para esfriar a atividade não são necessárias.
"As medidas surtiram efeito e acredito que não sejam necessárias outras medidas", disse.
Desde o ano passado o governo cria mecanismos para conter o crédito e reduzir o consumo.
A declaração do ministro veio um dia depois de o diretor de Política Econômica do Banco Central, José Hamilton Araújo, afirmar que novas ações não estão descartadas.
Na quinta-feira, Araújo afirmou que a desaceleração da economia não é suficiente, no que diz respeito ao combate à inflação.
Para Mantega, a economia "caminha para um patamar mais moderado de crescimento e crédito".
Durante reunião com empresários do comércio, o ministro ouviu que as vendas desaceleraram em abril e maio. O Índice Antecedente de Vendas está 1,5% mais baixo do que o do mesmo período do ano passado.
"Os varejistas estão comprando um pouco menos porque estão vendendo um pouco menos", diz Fernando de Castro, presidente do Instituto de Desenvolvimento do Varejo.
Citando o recuo nos preços de combustíveis e de alimentos, Mantega afirmou que "o pior [da inflação] passou".
Ainda assim, o ministro admitiu que a previsão do governo para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano "subiu um pouco".
O Planejamento elevou a projeção para a inflação neste ano e, segundo Mantega, o BC prevê o IPCA pouco acima de 5,6%.


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