São Paulo, sábado, 21 de maio de 2011

Texto Anterior | Índice | Comunicar Erros ilustrada em cima da hora IAC perde presidente em meio a transição Saída deve aprofundar crise na instituição GABRIELA LONGMAN DE SÃO PAULO O advogado Pedro Mastrobuono encaminhou ontem seu pedido de demissão do Instituto de Arte Contemporânea (IAC). Ele estava havia nove meses à frente da instituição. Sua gestão veio suceder a da galerista Raquel Arnaud, fundadora do IAC e acusada de se beneficiar da valorização de obras de sua coleção pessoal ou de sua galeria expostas pela entidade. Criado para difundir o legado de Sérgio Camargo, Willys de Castro, Amilcar de Castro e Mira Schendel, o IAC vive uma crise desde o ano passado, quando foi despejado do edifício da USP que ocupava no centro de São Paulo e teve as contas bancárias congeladas por não ter sede administrativa. Por conta de uma articulação de Mastrobuono, o IAC estava prestes a assinar uma parceria com a PUC-SP, prevendo a mudança de seus quase 17 mil documentos para um edifício da universidade no Ipiranga. Segundo o advogado, porém, os comodantes mostraram-se "inseguros" em relação ao destino dos documentos. "Me chamaram para salvar o IAC do afogamento. Quando estou chegando na praia descubro que é uma instituição suicida que quer se jogar de novo no mar", disse em entrevista à Folha. Segundo ele, falta de transparência nas relações institucionais que ali se desenrolam. "Nunca vi os contratos de comodato e por nunca te-los visto não sei se existem formalmente. Para a instituição é uma fragilidade muito grande." Procurada pela reportagem, Raquel Arnaud não se manifestou. A PUC-SP informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que, diante dos fatos, as negociações estão suspensas. Texto Anterior: Vida da freira será contada nos cinemas Índice | Comunicar Erros

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