São Paulo, segunda-feira, 21 de junho de 2010

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Importância de MG é exagero, diz pesquisador

DE SÃO PAULO

Com 11% do eleitorado do país, o Estado de Minas Gerais tem sua importância exagerada no debate presidencial, diz o cientista político Cesar Romero.
Há dez anos à frente de estudos sobre a geografia do voto no país, ele diz que os próprios mineiros tentam turbinar o peso do colégio eleitoral para aumentar a influência na disputa.
"Há um certo exagero. Os mineiros querem participar mais do jogo, decidido por São Paulo nas últimas eleições", afirma.
O debate sobre o peso de Minas ganhou força com a tentativa (em vão) do PSDB de transformar o ex-governador Aécio Neves em vice de José Serra.
No entanto, a análise dos números das duas vitórias de Lula, em 2002 e 2006, mostra que o comportamento do Estado oscilou pouco em relação à média nacional.
Isso significa que o voto mineiro não foi decisivo, isoladamente, para eleger Lula ou levar os tucanos José Serra e Geraldo Alckmin ao segundo turno.
Os políticos mineiros gostam de lembrar que, desde 1945, Getúlio Vargas (1950) foi o único eleito sem vencer no Estado.
Apesar das declarações públicas sobre o peso de Minas, Aécio tem usado pesquisas para sustentar, em conversas reservadas no PSDB, que sua entrada na chapa não renderia a Serra acréscimo superior a quatro pontos em MG e 0,5 ponto no Brasil.


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