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ANÁLISE DATAFOLHA
Palco da TV explica disparada de Dilma
Exposição em programas de grande audiência e horário eleitoral atraem os que usam o meio para decidir voto
PROPAGANDA DA
PETISTA É A MAIS
BEM AVALIADA;
ENTRE QUEM VIU,
ELA TEM 24 PONTOS A MAIS QUE SERRA
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MAURO PAULINO
DIRETOR-GERAL DO DATAFOLHA
ALESSANDRO JANONI
DIRETOR DE PESQUISAS DO DATAFOLHA
Em um mês, o cenário da
disputa pela Presidência da
República sofreu alterações
importantes. Estável desde
maio, com o empate entre
Dilma Rousseff (PT) e José
Serra (PSDB), o quadro passou a apontar nova tendência há uma semana.
A ex-ministra de Lula disparou na liderança e passou
a figurar como grande favorita, com possibilidade de vitória já no primeiro turno.
Como já demonstrado pelo
Datafolha, o papel de Lula foi
essencial para a evolução de
sua pupila, mas é impossível
negar a força de mais uma
protagonista nesse roteiro.
A TV prova mais uma vez
seu poder de alcance e penetração nos mais diversos estratos da população brasileira, inclusive naqueles onde o
acesso à informação é raro.
Oficializadas as candidaturas, a cobertura das eleições na mídia, especialmente na TV, se intensificou.
A agenda dos candidatos,
entrevistas em programas de
grande audiência e o início
do horário eleitoral atingiu
segmentos que até então encontravam-se distantes do
processo eleitoral.
Para ilustrar o peso da TV
na composição do voto do
brasileiro, pesquisa Datafolha feita há um mês mostrou
que 88% dos eleitores costumam utilizá-la para se informar sobre os candidatos.
A segunda mídia mais
acessada para este fim são os
jornais, só que com uma participação bem menor 54%.
Ainda na mesma pesquisa, se tivessem que escolher
apenas um meio para acompanhar a eleição, 61% dos
brasileiros optariam pela TV.
Mais interessante do que
observar esse resultado no
total da amostra é verificá-lo
nos subconjuntos nos quais
Dilma mais cresceu. Entre os
habitantes do Nordeste de
baixa renda, por exemplo, os
que se informam exclusivamente pela TV são 71%.
A taxa de indecisos na região caiu cinco pontos, igualando-se à média nacional.
A petista, na avaliação dos
entrevistados, foi a candidata de melhor desempenho no
horário eleitoral até aqui. Entre os que já assistiram ao
programa, a vantagem da ex-ministra sobre o tucano é de
24 pontos percentuais. Entre
os que ainda não o fizeram,
ela cai para 13 pontos.
O registro histórico do momento exato em que variáveis relevantes -como a cobertura da TV e o horário eleitoral- passam a agir sobre a composição do voto é essencial para a compreensão do
contexto em que as mudanças ocorreram. A pesquisa do
Datafolha divulgada hoje representa mais um fotograma
do filme desta eleição, tendo
a TV como principal difusor.
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